O presidente do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Fabio Primo, explicou para o Grupo A TARDE a motivação para o protesto realizado pela classe na Rótula do Abacaxi nesta sexta-feira (2). Fabio comentou que, após a assembleia que discutirá o não pagamento das rescisões de alguns 'motôs' que trabalharam na extinta Concessionária Salvador Norte (CSN), será decidido se seguem com a passeata ou não.
Vale ressaltar que os funcionários que ainda não receberam suas rescisões são aqueles que foram admitidos pelas empresas OTTrans (verde) e Plataforma (amarela). Para o repasse dessa verba cobrada pelos rodoviários, é necessário a venda do terreno da garagem Pirajá 1, que está travada até o momento.
"A partir das 14h, daremos início à assembleia com os trabalhadores da extinta CSN, que hoje estão na Plataforma e na OTTrans. Vamos informá-los sobre o andamento do processo de venda do terreno de Pirajá 1, e então os trabalhadores devem definir para qual lado da cidade o grupo deve seguir em caminhada, tentando prejudicar o mínimo possível a população, deixando sempre uma via aberta", disse Fábio.
Leia mais:
Vai parar tudo? Rodoviários anunciam manifestação na Rótula do Abacaxi
Estudo aponta melhor cidade baiana para morar; saiba qual
O presidente também aproveitou para esclarecer uma situação publicada pelo Grupo A TARDE, onde em uma manifestação na última sexta-feira (26), um rodoviário reclamou de uma promessa feita pelo sindicato de que em março 25% da rescisão seria paga, mas que até o momento não ocorreu. Fábio explicou a situação e tirou o dele da reta, afirmando que o pagamento depende da CSN e que não houve nenhuma garantia de repasse da verba na época.
"Quero deixar bem explicado para o Jornal A Tarde sobre essa questão: o sindicato não deve nenhuma rescisão, na verdade quem deve é a CSN. E, diga-se de passagem, esses trabalhadores irão receber os valores porque o sindicato conseguiu garantir as vendas dos terrenos. Mais de 2 mil trabalhadores foram homologados; eram 4.500 e hoje são 2.072. Faltam R$44 milhões para pagar esses trabalhadores. A venda desse terreno trará 11 milhões para o processo de pagamento das rescisões", explicou o presidente.
"É uma conta bem fácil: se você tem 44 e subtrai 11, os onze representam 25% dos 44. Então, assim, não cabe ao sindicato, eu como presidente, escolher quem recebe as rescisões de forma integral ou não. A forma mais democrática que encontramos foi que todos recebam proporcionalmente 25% da sua rescisão. E assim será sucessivamente; a cada venda de terreno que entrar no processo, o pagamento será feito", concluiu.