
A cantora Sarajane celebrou nesta quarta-feira (7) a reabertura da ONG ACASA (Associação Criança na Arte Sarajane), em nova sede localizada na Rua do Taboão, Centro Histórico de Salvador. O evento marcou não apenas a entrega do espaço, mas também a retomada e ampliação de um trabalho social que já impacta a comunidade há 28 anos.
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Com forte atuação na acolhida e formação de jovens em situação de vulnerabilidade social, especialmente no Centro Histórico, a ONG segue com a missão de promover dignidade, oportunidades e inclusão. O que começou no Santo Antônio Além do Carmo e parou na pandemia, agora retorna no Taboão.
Entre os convidados para a inauguração estiveram artistas, jornalistas, comerciantes da região, representantes de órgãos públicos e formadores de opinião, que puderam conhecer os novos projetos da entidade, agora com dois prédios funcionando.
“Eu nasci no Bonfim, morei em São Caetano, e vi meninos e meninas sem perspectiva de vida”, contou. “Quando eu consegui sair daquela zona, quando enxerguei possibilidades e consegui cantar, pensei que precisava dar uma contrapartida para a sociedade, e seria exatamente oferecer perspectivas a essas meninas e a esses meninos”, disse Sarajane.
Apesar da inauguração do novo espaço, as atividades ainda não começam por agora. A previsão, de acordo com Sarajane, é que as aulas comecem a acontecer a partir de junho, já que o prédio e a própria organização do projeto precisam ainda de alguns ajustes.

O que vai rolar por lá?
A cantora contou que se preocupou em levar para esse novo espaço cursos de capacitação, de maneira que ajude não só as crianças, mas as famílias da região. “São cursos diversos para que a pessoa consiga trabalhar rápido, ter a sua renda. Curso de maquiagem para pele negra, cursos de manicure, de logística”, explicou.
Ela garante que as aulas de percussão e teatro, por exemplo, que as crianças receberão, podem ser transformadoras na vida delas. “A arte transforma vidas, previne tantas coisas. Não só previne essas crianças de seguirem caminhos ruins, mas previne doenças mesmo”, disse Sarajane.

“E é uma realização muito grande ver o outro ser transformado. É realizador oportunizar uma criança para que ela descubra que sim, ela pode ser e fazer aquilo que ela quiser. Quando a gente é pobre, ouvimos muitos nãos dentro de casa: ‘você não pode fazer isso’, ‘isso não é pra você’... E ver que aquela criança conseguiu é uma coisa fantástico”, concluiu.