
Depois da performance histórica de 'Ainda Estou Aqui', muito se questionou sobre quais seriam os próximos passos do cinema brasileiro. É fato que o otimismo pairava sob o ar, mas ninguém poderia imaginar que o Brasil entregaria outra obra digna de Oscar em tão pouco tempo. 'O Agente Secreto', longa estrelado por Wagner Moura que chega nesta quinta (6) aos cinemas, despertou as expectativas de todo mundo e promete atender a cada uma delas.
O longa acompanha Marcelo, um professor universitário que retorna ao Recife para reencontrar seu filho e precisa lidar com o regime repressivo da ditadura militar. Desde que estreou no circuito de festivais, muito se fala sobre como Wagner Moura está destruindo sua atuação. Roubando os holofotes toda vez que está em tela, o baiano entrega uma performance que se apoia na delicadeza e na lenta decadência de um homem bom.
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As chances de Wagner Moura ser indicado ao Oscar são reais e reflete o momento que o cinema brasileiro está vivendo. Em entrevista ao Cineinsite A Tarde, o ator se mostrou otimista com esse momento da indústria brasileira. “Eu avalio o momento do cinema nacional como muito positivo. Acho que o cinema da Bahia caminha junto com o cinema do Brasil e ambos caminham junto com a democracia do Brasil”, afirmou.
Além do protagonista, o filme também conta com um elenco de coadjuvantes de peso, incluindo nomes como Tânia Maria, Gabriel Leone e Alice Carvalho. E não são apenas as performances que fazem O Agente Secreto ser um grande filme. O diretor Kleber Mendonça Filho consegue construir um longa que mistura o passado e o presente, desenvolvendo uma história comovente sobre memória e liberdade.
O filme se destaca por sua ótima estética, ritmo dinâmico e uma forte crítica ao período da ditadura. O diretor destacou que a obra também é uma representação de tudo que ele aprendeu ao longo dos anos enquanto cineasta. “Eu acho que o melhor filme é a união de tudo que você juntou na sua vida”, afirmou Kleber Mendonça.
'O Agente Secreto' faz jus a todo o hype. Com uma tensão que se estende até o fim, a obra permite que o público fique estonteado com sua estética, ao mesmo tempo que reflete sobre os horrores que aconteceram no regime da ditadura.
