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Bom e barato - 22/07/2025, 06:00 - Amanda Souza

No precinho! Medicamentos genéricos batem recorde de vendas

Foram comercializadas 5,77 bilhões de embalagens de medicamentos genéricos ao longo de 2024

Medicamentos genéricos têm um preço mais em conta
Medicamentos genéricos têm um preço mais em conta |  Foto: Ilustrativa/Freepik

Os medicamentos genéricos movimentaram R$ 20,4 bilhões no Brasil, em 2024, um crescimento de 13,5% em relação ao ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (PróGenéricos), com base em levantamento da consultoria IQVIA. É a segunda alta consecutiva nesse patamar, sinalizando a consolidação dos genéricos como opção segura e acessível à população.

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De acordo com a associação, foram comercializadas 5,77 bilhões de embalagens de medicamentos genéricos ao longo do ano, com 14.108 tipos de apresentações disponíveis no mercado. Medicamentos para hipertensão, colesterol e saúde mental respondem por grande parte desse avanço.

O aumento das vendas, segundo a entidade, está ligado a uma combinação de fatores: envelhecimento da população, maior aceitação médica e popular, regulamentação eficaz e ampla oferta.

Não por acaso, a losartana, medicamento que é utilizado no controle da hipertensão arterial, lidera o ranking dos genéricos mais vendidos no país, com mais de 167 milhões de unidades comercializadas. Também se destacam analgésicos, anti-inflamatórios e fármacos voltados ao alívio de sintomas como dor e febre.

Preconceito

Apesar da crescente procura, ainda há dúvidas e preconceitos envolvendo os genéricos. No entanto, não há razão para isso. A farmacêutica clínica Lília Jade reforça que eles têm a mesma segurança e eficácia dos medicamentos de referência e que a diferença está apenas no preço.

“Existe uma lei no Brasil, a nº 9.787, publicada em 1999, que determina que, para um laboratório farmacêutico produzir um medicamento genérico, é necessário atender a critérios de eficácia, segurança e, principalmente, similaridade com os medicamentos de referência”.

Ela explica que o preço mais acessível não está relacionado à qualidade, e sim à oportunidade de expandir o alcance do medicamento, o que acontece após a “quebra de patente” do laboratório que o descobriu. "Isso abre espaço para que outros laboratórios produzam também o medicamento”, e assim nascem os genéricos, aumentando a oferta e, portanto, reduzindo o preço.

Apesar da garantia de segurança e controle de qualidade, Lília ressalta que o uso de medicamentos genéricos só não é recomendado quando não houver um genérico com a mesma substância prescrita para o paciente. “Consulte a disponibilidade, se o medicamento que você vai comprar já tem genérico. Caso não, não substitua sem orientação profissional”.

Ela orienta que o consumidor sempre verifique a embalagem e procure ajuda profissional antes de substituir qualquer medicação, o que serve para qualquer caso. “O medicamento genérico é, sim, para ser mais barato que o de referência. O custo baixo não está relacionado à baixa eficácia”, orienta. “Confie nos medicamentos genéricos, eles foram criados para melhor te atender", concluiu.

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