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Intoxicação - 01/10/2025, 08:00 - Jackson Souza* | A Tarde

Nem o cheiro! Metanol deixa galera cismada com 'birita'

Órgãos de fiscalização e saúde alertam consumidores sobre bebidas de procedência duvidosa

Bebidas adulteradas podem causar sérias consequências ao corpo
Bebidas adulteradas podem causar sérias consequências ao corpo |  Foto: Uendel Galter/Ag. A Tarde

Nos últimos dias, os casos de intoxicação por bebidas alcoólicas contaminadas com metanol, em São Paulo, chamaram atenção de todo o Brasil. Nesta terça-feira (30), o caso ganhou contornos mais graves. Segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, os indícios apontam que a rede de distribuição transcende o estado de São Paulo. Na Bahia, órgãos de fiscalização e de saúde fazem alerta aos consumidores sobre bebidas de procedência duvidosa.

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Ao todo, 22 casos foram registrados nos municípios de São Bernardo do Campo e São Paulo, com confirmação de 7 casos e 15 sob investigação. Das cinco mortes, uma foi confirmada ser em decorrência do consumo de bebida contaminada.

“O primeiro passo ao suspeitar de uma bebida é não consumir. O segundo é denunciar aos órgãos de fiscalização, ao Procon, à vigilância sanitária, e aos órgãos que possuem a capacidade de vistoriar o produto”, enfatiza o diretor de fiscalização do Procon-BA, Iratan Vilas Boas.

“Nem estou bebendo mais depois desses casos, com esse negócio do metanol”, afirmou uma moradora do município de Serrinha, que registrou 13 mortes por contaminação de bebida alcoólica, em 1997.

“Eu estou receoso. Pensando nisso, a precaução mesmo é evitar até que seja sanado, é o que estou fazendo”, contou Gabriel Santana, estudante da Universidade Federal da Bahia.

Na Bahia, nos últimos 35 anos, ao menos 63 pessoas morreram em decorrência do consumo de bebidas contaminadas por metanol. Os casos foram registrados em 1990, em Santo Amaro, com 14 mortos; em 1997 em Serrinha e Lamarão, onde morreram 13 pessoas; e em 1999, quando 36 pessoas morreram em municípios da região sudoeste do estado. Outras 300 pessoas também foram contaminadas.

Os casos mais recentes registrados no estado foram em 2018, com a intoxicação de três pessoas que consumiram cachaça armazenada em uma garrafa de refrigerante, e apresentaram quadro de cegueira; Em 2023 e 2024, dois casos suspeitos foram registrados, com óbito na ocorrência do ano passado, segundo informações do diretor do Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Bahia – CIATox-BA, Juscelino Nery.

*Sob supervisão da editora Meire Oliveira

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