Aos 20 anos, o jovem Andrei Peroba carrega no próprio corpo a marca do grave acidente que sofreu em um parque de diversões, no bairro de Cajazeiras, em Salvador. Em processo de recuperação após ter um dos braços amputados, o rapaz desabafou com o Portal MASSA! sobre as dificuldades e desafios enfrentados neste momento.
“Até para eu amarrar uma bermuda, eu não consigo amarrar mais. Eu perdi o meu melhor braço, o braço que eu escrevia, o braço que eu tinha mais apoio. Só me restou só um, e um que eu não utilizava tanto quanto esse que eu perdi”, contou.
Enquanto espera por justiça, Andrei Peroba falou que toda a situação também impactou a sua saúde mental: “Está sendo difícil, eu não tenho cabeça para me ver desse jeito! Eu não tenho jeito, não sei nem o que dizer. Acho que nem um psicólogo adianta, tô muito mal mesmo. Eu fico tentando, só pedindo força a Deus mesmo, força para enfrentar esse mundo”.
Marca da tragédia: uma dor para toda a vida
Andrei está lutando para recomeçar a vida sem um dos membros mais importantes para ele, que era destro, e sentiu que a sua autoestima ficou totalmente abalada, pois o sentimento de incapacidade e dependência o deixaram angustiado. Quando o acidente ocorreu, ele havia completado um mês no primeiro emprego de carteira assinada, e agora ele não consegue mais trabalhar como antes. “Estava tão feliz no meu trabalho”, relembrou.
O rapaz ainda sofre ao pensar que a tragédia aconteceu justamente em um dia que ele estava realizando um sonho. Na noite de 15 de fevereiro, Andrei estava radiante em poder gastar uma parte do primeiro salário levando a irmã e a prima para se divertirem.
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“Eu não tenho nem chão para me ver, porque eu tinha os dois braços e no meu momento mais alegre, no momento que eu estava me divertindo, acontece essa tragédia. Só queria só ver o sorriso de minha irmã, de minha prima e minha alegria lá naquele momento, e acabou que agora está sendo essa tristeza”, lamentou.