Você não está lendo uma matéria antiga. A partir desta segunda-feira (2), o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha, está mais caro na Bahia.
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O produto sofreu um reajuste de 9,47% no preço para as distribuidoras, o que representa um aumento médio de R$ 7 para o consumidor final. O que chama a atenção, no entanto, é que este é o 9º reajuste no estado apenas em 2024, consolidando um cenário de alta pressão no orçamento dos baianos.
O aumento mais recente havia ocorrido em outubro, quando o valor foi elevado em 10,5%, resultando em um impacto de cerca de R$ 8 no bolso dos consumidores. Agora, o preço médio do botijão de gás deve ser reajustado novamente para acompanhar a nova tabela.
Segundo Robério Souza, presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás da Bahia (Sinrevgas), o aumento deverá variar entre R$ 6 e R$ 7 nas revendedoras para o consumidor final.
O que provoca esse aumento?
Em nota, a Acelen, empresa responsável pela Refinaria de Mataripe, justificou os reajustes com base em critérios de mercado.
“Os preços dos produtos seguem variáveis como o custo do petróleo, que é adquirido a preços internacionais, variações do dólar e do frete, podendo oscilar para cima ou para baixo”, explicou a refinaria.
Embora a justificativa aponte para a influência de fatores externos, os consumidores continuam sentindo os impactos em um cenário econômico interno desafiador, onde o GLP é um item essencial.
Pressão no orçamento
Com mais um aumento no acumulado do ano, o gás de cozinha se torna um desafio ainda maior para as famílias baianas. A escalada de preços ocorre em um contexto em que a inflação dos combustíveis tem provocado reajustes também em outros derivados do petróleo, como a gasolina.
Essas dificuldades, claro, recaem especialmente sobre as camadas mais pobres da sociedade, como reforça Robério Souza. "Esses reajustes provocam, além de uma situação de insegurança alimentar, uma série de acidentes porque as pessoas se arriscam para cozinhar", ressalta.
Segundo ele, o que ocorre é que, sem poder comprar o gás, as pessoas procuram alternativas para fazer a comida, como usar álcool e restos de madeira para fazer fogo, o que é super arriscado.