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Saúde - 12/12/2024, 19:30 - Amanda Souza

Mutirão opera crianças com Síndrome Congênita de Zika neste sábado

Iniciativa é do Hospital Ortopédico da Bahia, gerido pelo Einstein

Mutirão acontece nesse sábado (14)
Mutirão acontece nesse sábado (14) |  Foto: Divulgação

No próximo sábado (14), o Hospital Ortopédico do Estado da Bahia, unidade pública estadual gerida pelo Einstein, dará início a um mutirão de cirurgias ortopédicas voltado para crianças com Síndrome Congênita de Zika.

O objetivo da ação é reduzir a fila de espera para intervenções cirúrgicas no quadril de crianças afetadas pela síndrome, que afeta o sistema osteomuscular e pode gerar sérias limitações na mobilidade.

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O mutirão beneficiará 45 crianças entre 5 e 9 anos, que enfrentarão procedimentos para correção de problemas ortopédicos graves, como a subluxação do quadril — um desalinhamento parcial que dificulta a movimentação.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Ministério da Saúde e o Governo do Estado da Bahia, e integra um esforço nacional para tratar as sequelas da infecção por Zika, que atingiu milhares de crianças nascidas de mães que contraíram o vírus durante a gestação, principalmente entre 2015 e 2016.

Cenário no Brasil

De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2015 e 2024, foram registrados 1.828 casos de Síndrome Congênita de Zika em todo o Brasil.

A condição pode gerar diversas complicações, incluindo alterações cerebrais, osteomusculares e neuropsicomotoras, sendo que os problemas ortopédicos, especialmente nas articulações dos quadris, são os mais comuns e graves.

Matheus Azi, gerente médico ortopedista do hospital explica a importância das cirurgias. “A cirurgia é fundamental para melhorar a qualidade de vida das crianças e seus cuidadores. Ela ajuda a evitar problemas futuros, como dores crônicas, dificuldades de locomoção e até mesmo dificuldades para sentar”.

Além das cirurgias, o hospital também se compromete com o acompanhamento pós-operatório e a reabilitação das crianças, com alta prevista em até quatro dias após os procedimentos.

“Estamos preparados para oferecer um cuidado integral, com reabilitação e apoio psicológico, não só para as crianças, mas também para os seus cuidadores”, afirma Roger Monteiro, diretor médico do hospital.

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