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ALERTA LIGADO - 28/10/2023, 06:30 - Pedro Moraes - Atualizado em 28/10/2023, 09:55

Mutirão anti afogamento: saiba como curtir de quebrada sem se afogar

Corporações têm atuado com bastante frequência no ano de 2023

Corporações têm atuado com bastante frequência no ano de 2023
Corporações têm atuado com bastante frequência no ano de 2023 |  Foto: Montagem Portal MASSA!//Divulgação/Corpo de Bombeiros//Divulgação/Salvamar

“Passar uma tarde em Itapuã, ao sol que arde em Itapuã”. O verso é da canção marcante de Toquinho. Apesar do relaxamento que o hit apresenta, ele traduz um lado obscuro da realidade: o número de afogamentos. Parece desconexo, mas, passar uma tarde na praia do bairro de Itapuã, em Salvador, tem sido, frequentemente, assustador.

O Portal MASSA! traz dados, dicas de prevenção e depoimentos alarmantes de membros do Corpo de Bombeiros e da Coordenadoria de Salvamento Marítimo (Salvamar). De modo geral, 90% do total dos óbitos por afogamento no Brasil ocorre em águas naturais - 75% em água doce e 15% em praias e mares. Os dados são da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA).

As vítimas, em grande parte, são crianças, sendo que o afogamento, no Brasil, é a primeira causa de morte atualmente. Somente nos mares, o 13 Batalhão Militar registrou entre janeiro e 17 de outubro, 205 ocorrências atendidas de afogamento, conforme apurado pelo Portal MASSA!.

“No mesmo período, o órgão realizou 16260 ações preventivas junto aos banhistas e outros frequentadores das praias. Foram feitos ainda 12 resgates de crianças perdidas, que foram devolvidas em segurança aos familiares e realizados 83 atendimentos pré-hospitalares”, mencionou o Capitão BM Joel Adriano, em entrevista à reportagem.

Vai descer? Se ligue nas dicas

Curtir sozinho, de casal ou em galera é outro sabor, depende do gosto de cada um, porém, as dicas são as mesmas para todos os casos. Independente da praia que você esteja, a prevenção deve seguir os seguintes critérios:

  • Ficar próximo a um posto salva-vidas;
  • Perguntar qual é o melhor local para banho;
  • Ter atenção redobrada com crianças;
  • Ficar longe de peras e estacas;
  • Usar coletes em atividades aquáticas;
  • Nunca nadar sozinho em águas profundas ou em locais com correnteza;
  • Ficar em ambiente líquido com água acima do umbigo;
  • Não consumir bebida alcoólica se estiver em praias, rios, piscinas ou lagos.

O detalhe é que, na capital baiana, ultimamente, localidades como Itapuã, Farol da Barra, Humaitá, entre outros, têm chamado a atenção de organizações como a Salvamar.

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Pegue a visão das bandeiras

Chegou na praia, no rio, ou seja, lá em qual local de banho, se atente a uma coisa: a sinalização das bandeiras. Elas orientam os banhistas do local seguro ou perigoso. A bandeira verde indica baixo risco de afogamento, a amarela significa médio risco e a vermelha, obviamente, o alto risco.

Ainda tem a bandeira roxa, segundo o salva-vidas Jou Alexandre, chefe do Setor de Prevenção e Treinamento (SETRE-SALVAMAR), a qual indica a presença de animais marinhos, como tubarões, por exemplo.

Aspas

"Não pode confundi-las com sinalização de trânsito"

Jou Alexandre

"Não pode confundi-las com sinalização de trânsito. A bandeira verde, por exemplo, tem um baixo risco de afogamento, mas a pessoa não está liberada a avançar, a ficar livre para ir para onde quiser. Ali naquele local tem um baixo risco de afogamento, necessidade que o banhista obedeça às orientações do salva-vidas para ficar em um local seguro”, cravou ao Portal MASSA!.

Já segundo o Corpo de Bombeiros, a banheira verde impõe que o mar está indicado para o banho, enquanto a amarela clama por atenção redobrada e a vermelha nada de entrar na água.

Bonde em alta

A Salvamar conta, atualmente, com mais de 250 profissionais, entre os setores de administração e operacional. O grupo cobre 28 km de praia, desde Jardim de Alah à Praia de Ipitanga, além dos bondes presentes na Ilha de Maré, dos Frades, entre outros locais.

Atuantes entre 8h e 18h diariamente, o trabalho dos salva-vidas é ainda mais barril dobrado durante festas populares. “No esquema de operação especial, quantos somos acionados, por exemplo, para o Carnaval, Réveillon, ficamos em esquema de 24 horas de plantão”, garante Jou.

Os bombeiros, por exemplo, atuam na praia das 6h até o pôr do sol, mas, quando o “sol põe a visibilidade o trabalho dos guarda-vidas, porém, o quartel funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. Durante a noite a tropa pode atender ocorrências de grande proporção”, como indica o bombeiro Joel Adriano.

Pegue a visão:

Chegou na praia, no rio, ou seja lá em qual local de banho, se atente a uma coisa: a sinalização das bandeiras
Chegou na praia, no rio, ou seja lá em qual local de banho, se atente a uma coisa: a sinalização das bandeiras | Foto: Montagem Portal MASSA!//Divulgação/Salvamar//Divulgação/Corpo de Bombeiros

Parceria com o Graer

Seja a base de apitos, boias, motos aquáticas ou viaturas, drones, pranchas ou binóculos, tanto a Salvamar quanto o Corpo de Bombeiros também contam com uma parceria de peso: o Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer).

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Acionamos o Graer para situações em que a vítima está muito agitada ou quando, durante as buscas, o mar fica mais agitado e revolto

Joel Adriano

“Acionamos o Graer para situações em que a vítima está muito agitada ou quando, durante as buscas, o mar fica mais agitado e revolto, impossibilitando que o guarda-vidas retorne para a faixa de areia com a vítima”, relatou Joel Adriano, em entrevista à reportagem.

Jou Alexandre também ressaltou o trabalho de outras frentes como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.

“O SAMU é que vai fazer a regulação diretamente para o hospital, após o nosso primeiro atendimento ali, dando aquele suporte, acionando o serviço médico para que ele chegue ao local e assim a gente dá continuidade ao atendimento pré-hospitalar, e o médico junto com sua equipe e o SAMU regula para o hospital necessário”, declarou.

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