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AVISO DADO - 23/09/2023, 07:00 - Pedro Moraes

O mar não está pra peixe: Bombeiros e Salvamar pregam cautela

Saiba como se prevenir de afogamentos, casos que têm sido constantes na Bahia

Saiba como se prevenir de afogamentos, casos que têm sido constantes na Bahia
Saiba como se prevenir de afogamentos, casos que têm sido constantes na Bahia |  Foto: Montagem Portal MASSA!//Tiago Queiroz//Bruno Concha/Secom

Pé na areia, caipirinha, água de coco, cervejinha. Este verso da música Pé na Areia, de Diogo Nogueira, traduz o clima vivido pelos baianos aos finais de semana em Salvador. Faça chuva ou faça sol, se você passar em qualquer praia da cidade, certamente verá um ou outro filho de Deus de quebrada no mar ou na areia. Mas o perigo pode ir além de uma possível gripe, já que a combinação bebida alcoólica e banho de mar tende a ser fatal.

Diversos são os casos registrados de afogamentos e, consequentemente, desaparecimentos em 2023, na capital baiana. Dados obtidos pela reportagem do Portal MASSA! mostram que cinco afogamentos fatais foram registrados pela Coordenadoria de Salvamento Marítimo de Salvador (Salvamar) até o último dia 11 de setembro. O número equivale a um terço comparado com o ano passado (até dezembro): 16.

Já no quadro do Corpo de Bombeiros da Bahia, são 130 afogamentos registrados até o final de agosto. O detalhe é que, no mesmo período do ano passado, a quantia alcançou 170. Ainda que os números sejam menores quando comparado um ano com o outro, os casos não param de ocorrer.

Reflexo disso é que, na última quinta-feira (21), o corpo de um homem, que desapareceu na praia dos Coqueirais, na região da Península do Maraú, no baixo sul baiano, foi encontrado. A vítima sumiu há dois dias, após se afogar, ao lado de um grupo de três turistas.

Com as situações preocupantes em evidência, o Portal MASSA! conversou com as duas instituições para entender o que os banhistas precisam saber para reduzir esse índice. Atuante na coordenadoria da Salvamar, Kailane Dantas detalhou dicas fundamentais para evitar afogamento.

“As pessoas devem tomar banho próximo ao posto com salva-vidas, fazendo contato visual com as sinalizações de perigo. Ficar sempre próximo às crianças, aos seus menores, a uma distância de um braço. Mas um detalhe, é essencial não fazer a combinação da bebida alcoólica e o banho de mar, pois esse é um fator de risco que assola realmente e a gente percebe que a maioria das ocorrências acontecem com pessoas que estão fazendo um consumo de bebida alcoólica”, descreveu o coordenador.

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Responsável pelo comando do 13° Batalhão de Bombeiros Militar (BBM), Francisco Duarte, reforçou algo que, apesar de evidente, é um dos maiores vilões dos banhistas: a desatenção.

“Quando chegar nos locais, procurar sinalizações, verificar onde é bandeira vermelha, onde pode ter uma vala (buraco), corrente de retorno, local com pedra, pedir orientações de horários e pontos mais seguros. Outra coisa que a gente não pode negligenciar é a vigilância das crianças. O responsável ou adulto tem que perceber que aquele momento de diversão é das crianças, o afogamento é uma tragédia, muito rápida e silenciosa. É não permitir que se aproxime de ondas, locais fundos, é extremamente arriscado”, explicou o bombeiro.

Barril dobrado

Algumas praias são badaladas em SSA City, como é o caso da Praia do Flamengo, Jaguaribe e Piatã batem certo quando o assunto é movimento. Por outro lado, o que é tendência, nem sempre é só sombra e água fresca.

Segundo Dantas, essas praias apresentam a maior incidência de casos de afogamentos. Ele explica que, cada uma tem peculiaridades singulares e de risco.

Aspas

“A praia de Piatã pelo fato do alto fluxo de pessoas, o que faz com que quando se tem um local perigoso naquela praia, com fluxo grande, as ocorrências acontecem com maior facilidade. A praia de Jaguaribe é pelo fator de risco, pois é frequentada por muitos jovens, entre 14 a 18 anos. E a praia do Flamengo pelo seu relevo natural, pela sua morfologia dinâmica, faz com que o mar fique mais perigoso, as correntes retornem mais acentuadas”, detalhou.

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