A Justiça determinou a prisão do motorista de uma carreta envolvido no acidente que deixou 39 mortos na BR-116, em Teófilo Otoni (MG), durante viagem que tinha destino final a cidade de Elísio Medrado, no interior da Bahia. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (21), após exames confirmarem o uso de álcool, ecstasy e cocaína pelo condutor, de 49 anos.
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O veículo transportava um bloco de granito que se desprendeu e atingiu um ônibus, causando a tragédia. Segundo publicação do governador Romeu Zema (Novo) na redes social X, antigo Twitter, o motorista foi detido no Espírito Santo pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
Os exames toxicológicos realizados dois dias após o acidente, momento em que o suspeito se entregou à polícia, apontaram a presença das substâncias ilícitas no organismo do motorista. Além disso, investigações revelaram reincidência: o homem já havia sido abordado anteriormente sob suspeita de dirigir embriagado, recusando-se a realizar o teste do bafômetro. Esses fatores levaram à revogação da liberdade concedida anteriormente ao condutor, que havia sido liberado após prestar depoimento em 23 de dezembro.
Outros agravantes foram considerados pela Justiça para justificar o pedido de prisão, como a ausência do motorista na cena do acidente, o sobrepeso da carga, o transporte irregular, o excesso de velocidade, a jornada de trabalho exaustiva, a falta de descanso e o consumo de drogas.
Outro ponto enfatizado foi a falta de cooperação do investigado durante as apurações, já que ele se recusou a entregar o celular para análise. O caminhão trafegava a 90 km/h, acima do limite permitido de 80 km/h para a via, e transportava uma carga com peso superior a 68 toneladas, quando a capacidade máxima de cada reboque era de 30 toneladas.
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