
Atropelada e arrastada por cerca de 1 km pelo ex-companheiro, Tainara Souza Santos, de 31 anos, morreu na noite desta quarta-feira (24), no Hospital das Clínicas, em São Paulo, após 25 dias de luta pela sobrevivência. Douglas Alves da Silva, motorista do carro, segue preso no Centro de Detenção Provisória II de Guarulhos.
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Devido a violência praticada pelo ex, Tainara ficou sem as pernas e passou por diversas cirurgias, mas teve uma piora significativa no último domingo (22), quando passou por mais um procedimento cirúrgico.
A morte foi confirmada por volta de 19h, na véspera do Natal. A mulher de 31 anos deixa dois filhos: um menino de 12 e uma menina de 7 anos. Na ocasião, ela, além de atropelada, chegou a ser arrastada. A Polícia Civil de São Paulo aponta para uma ação dolosa -quando há intenção de matar.
Covarde está no xilindró
Após ter fugido do local do crime, Douglas Alves foi identificado pela Polícia, que o prendeu. Durante a abordagem, ele tentou retirar a arma dos agentes, que reagiram e o atingiram no braço.
O caso foi registrado no 73° DP (Jaçanã) e é investigado como tentativa de feminicídio. No entanto, com a morte de Taianara, o inquérito deve ser alterado e as acusações devem apontar para feminicídio.
A mudança de ”tentativa” para “crime consumado” eleva significativamente a pena prevista. Enquanto a tentativa pode ter a pena reduzida de um a dois terços, o feminicídio consumado tem pena inicial de 12 a 30 anos de reclusão, podendo ser aumentada devido à crueldade do método empregado – como o arrastamento por longa distância.
Mãe chora
O anúncio foi feito pela mãe da vítima nesta quarta. Em uma mensagem emocionante publicada na conta do Instagram, agradeceu o apoio e o carinho recebido:
"É com muita dor que venho avisar que nossa guerreirinha, a Tay, nos deixou. Descansou", comunicou. "Ela acabou de partir desse mundo cruel e está com Deus. É uma dor enorme, mas acabou o sofrimento, e agora é pedir por justiça".
