Daniel Sonnewend Proença conseguiu sair vivo do ataque a tiros sofrido por ortopedistas na quinta-feira (5), no Rio de Janeiro. Mesmo tendo sido atingido por 14 disparos, ele foi o único sobrevivente de quatro médicos baleados. No entanto, o profissional de 32 anos sofreu diversas lesões: no tórax, intestino, pélvis, mão, pernas e pé.
Dois dos 14 tiros atingiram Sonnewend de raspão, mas outros dois projéteis precisaram ser retirados do seu corpo por médicos, que encaminharão as balas para análise da Polícia Civil. Mesmo assim, o ortopedista ainda permanece com um projétil na região da escápula, próximo ao ombro.
Apesar de ter sido tão alvejado, Daniel Sonnewend está estável, lúcido, e respirando sem ajuda de aparelhos. Ele foi transferido para um hospital particular após ser inicialmente socorrido ao Hospital municipal Lourenço Jorge, que fica a 10 km do local onde seus colegas foram mortos.
O ortopedista foi para a sala de cirurgia apenas 14 minutos de chegar à unidade de saúde, o que foi fundamental para sua sobrevivência. Ele precisou de uma intervenção cirúrgica que durou 10 horas e contou com a participação de 18 profissionais: quatro ortopedistas, quatro anestesistas, quatro cirurgiões gerais, um cirurgião vascular, dois enfermeiros e três técnicos de enfermagem.
O caso
Três médicos ortopedistas foram mortos na madrugada desta quinta-feira (5), após serem baleados por criminosos na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Uma das vítimas é o baiano Perseu Ribeiro Almeida. Outro é o ortopedista Diego Ralf de Souza Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). Diego e Perseu estavam com Marcos de Andrade Corsato, também ortopedista. Além deles, Daniel Sonnewend Proença também foi atingido e sobreviveu.
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