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Atenção - 04/10/2025, 07:30 - Kenna Martins*

Metanol: possíveis casos em Salvador e Feira acendem alerta

Representantes da Secretaria Municipal de Saúde e da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia realizaram reunião técnica

Bebidas adulteradas podem matar
Bebidas adulteradas podem matar |  Foto: Ilustrativa/Divulgação/Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo

Em boletim divulgado na noite desta sexta-feira (3), o Ministério da Saúde (MS) indica dois casos de intoxicação por metanol sob investigação na Bahia: um em Salvador e outro com a morte suspeita de Marcos Evandro Santana da Costa, 56 anos, ocorrida na madrugada de sexta, em Feira de Santana. Oficialmente, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) tem o caso em Feira de Santana como o único registro formal de possível intoxicação por metanol no território baiano.

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O primeiro caso suspeito na Bahia, registrado na cidade de Feira de Santana, vitimou Marcos Evandro Santana da Costa, que morreu na madrugada de ontem, após dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Queimadinha com quadro clínico grave, na última segunda-feira. A vítima apresentou sintomas compatíveis com esse tipo de intoxicação, associada ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas como whisky, gin e vodka.

Após o atendimento médico, foram coletadas amostras biológicas do paciente para análise, a fim de confirmar ou descartar a presença da substância tóxica no organismo. O material foi encaminhado para o Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN/Ba), na capital, com resultado previsto para até sete dias.

A morte Marcos Evandro ganhou repercussão nacional e acendeu alerta entre as autoridades de saúde, diante dos registros atuais de intoxicação por metanol em outros estados brasileiros. Com o objetivo de alinhar estratégias e reforçar a vigilância, representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS)e da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) realizaram uma reunião técnica, com as presenças dos titulares da pasta, Rodrigo Matos e Roberta Santana, respectivamente, para discutir medidas de prevenção, detecção precoce e orientação à população.

Por meio de nota pública, os órgãos informaram que mantêm “diálogo permanente com o Ministério da Saúde e com as autoridades sanitárias nacionais para monitorar a situação em outros estados, onde já há notificações de casos suspeitos e confirmados”. O caso em Feira de Santana, como destaca o texto, “será acompanhado pelas equipes de vigilância do Estado e do município”.

Investigação

Sobre as medidas adotadas pelo Município diante da morte suspeita, o secretário municipal destaca que a pasta conduziu a investigação do caso e as devidas notificações, além de reforçar o alerta clínico e os protocolos junto às unidades de atendimento de urgência e atenção básica. “A Secretaria (...) apoiará ações intersetoriais de fiscalização sobre bebidas adulteradas, em alinhamento com as medidas ampliadas em nível estadual e federal”, pontuou.

Em entrevista ao programa de TV Bahia meio Dia, o governador do Estado, Jerônimo Rodrigues, enfatizou as medidas para apurar suspeitas de intoxicação por metanol no estado da Bahia. O gestor também pediu a colaboração da sociedade para evitar a disseminação de notícias falsas e o cuidado na hora de adquirir produtos para evitar consumo de bebidas adulteradas. “Não podemos criar alarde para que não haja qualquer tipo de excesso. Qualquer fato comprovado, a Sesab irá se pronunciar e não faremos nada sozinhos. Faremos com o Ministério da Saúde e com o Município"

Outros casos

Apesar do alerta, Rodrigo Matos tranquiliza a população sobre um possível surto de casos semelhantes. “Não há outro caso suspeito de intoxicação por metanol, em investigação em Feira de Santana. A Vigilância em Saúde municipal abriu investigação, notificou o caso nos sistemas oficiais e mantém monitoramento ativo, em articulação com a Sesab e com a sala de situação (do MS). Até o momento, não há suspeita de outros casos no município, além do óbito noticiado”, garantiu.

“A rede municipal dispõe de fluxo assistencial para intoxicações exógenas, com atendimento inicial nas UPAs e Policlínicas, que orienta condutas de diagnóstico e tratamento em tempo real. Os protocolos seguem as diretrizes nacionais para intoxicações agudas”, completou Matos.

*Kenna Martins é correspondente do Grupo A Tarde em Feira de Santana

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