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Covid-19 - 05/05/2023, 20:56 - Cássio Moreira - Atualizado em 05/05/2023, 21:19

Médico reforça cuidados com o fim da emergência global da pandemia

OMS declarou fim da emergência global nesta sexta-feira (5)

Pandemia deixou 701.494 mortos no Brasil
Pandemia deixou 701.494 mortos no Brasil |  Foto: Silvio Avila/AFP

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, nesta sexta-feira (5), o fim do estado de emergência de saúde pública de importância internacional da pandemia da Covid-19. Apesar do cenário otimista com a declaração de Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da OMS, a pandemia ainda continua, embora com um impacto menor. É o que alerta o infectologista Robson Reis, em entrevista ao Portal MASSA!.

O Brasil tem, segundo dados atualizados no dia 26 de abril, 37.449.418 casos registrados da doença, com 701.494 óbitos notificados. O médico explicou à reportagem a diferença entre o estado de emergência, declarado em janeiro de 2020, e a pandemia, oficialmente iniciada em março do mesmo ano.

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“É o fim da emergência de saúde pública de importância internacional. Na verdade, não é o fim da pandemia. O início da emergência se deu em janeiro de 2020, e a pandemia só foi declarada em março de 2020. Então, aí a gente já percebe que são conceitos diferentes. Agora acontece o inverso: primeiro acontece o fim da emergência de saúde pública internacional e, provavelmente vamos caminhar para o fim da pandemia da Covid-19”, pontuou Robson, que continuou o raciocínio.

“A emergência de saúde pública internacional passa a existir no momento de que o vírus é uma ameaça mundial, tem o risco de sobrecarregar o sistema de saúde, exige toda uma coordenação a nível mundial, nacional, estadual e municipal, dispensa de licitações para o enfrentamento da pandemia. Então, tem uma série de coisas, um controle maior do trânsito entre os países”, completou o especialista.

O infectologista também apontou os fatores que levaram a OMS a tomar a decisão de decretar o fim da emergência de saúde pública. A queda nos casos e óbitos pela doença, associado ao aumento da imunidade da população, a maioria vacinada contra a doença, colaboraram com a mudança da conjuntura.

“Há mais de um ano que nós temos uma curva decrescente nos casos de Covid, principalmente internamentos, principalmente o número de óbitos, uma queda expressiva, associado a um aumento da imunidade da população, seja pela própria doença ou, principalmente pela vacina. Isso fez com que declarassem o fim da emergência de saúde pública", começou.

Aspas

Há mais de um ano que nós temos uma curva decrescente nos casos de Covid, principalmente internamentos, principalmente o número de óbitos, uma queda expressiva, associado a um aumento da imunidade da população

O fim da pandemia está próximo, vamos caminhar para isso, mas a gente precisa de outros fatores: o vírus ainda circula no mundo inteiro, - na própria declaração do diretor da Organização Mundial da Saúde (Tedros Adhanom Ghebreyesus), ele coloca que existe um óbito por Covid-19 a cada três minutos -, então o vírus ainda circula, as novas variantes ainda surgem, e isso pode significar um risco. Ele traz também a importância de que governantes não venham baixar a guarda no enfrentamento da pandemia em si. Então, devemos continuar incentivando a vacinação, pesquisas nesse sentido, as medidas de controles”, explicou o médico.

Nos últimos dias, a nova subvariante XBB.1.16, chamada popularmente de Arcturus, foi identificada na Bahia pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). A vítima, uma paciente de 70 anos, morreu no dia 15 de abril, no município de Camaçari. Por isso, o infectologista alertou a necessidade de manter os hábitos higiênicos, como a limpeza das mãos com álcool, além da imunização.

“É importante que essa notícia seja comemorada, mas é importante que não venhamos baixar a guarda, porque já foi identificada no Brasil essa nova variante, a XBB.1. 16, e já foram identificados casos na Bahia, o que mostra que os cuidados devem ser mantidos. Devemos sim manter a vacinação, principalmente a bivalente para pessoas acima de 18 anos, a higienização das mãos com álcool, uso de máscaras pelas pessoas que tenham imunidade mais baixa. Tudo isso vai ser importante”, disse Robson, que detalhou a origem do vírus, acalmou a população, e reforçou a manutenção dos cuidados.

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É importante que essa notícia seja comemorada, mas é importante que não venhamos baixar a guarda

“O vírus ainda circula, e o exemplo disso é que nós tivemos uma identificação de uma nova subvariante da Ômicron no Brasil, e aqui na Bahia dois casos. Ela surgiu na Índia em janeiro, e agora em maio ela já está identificada em cerca de 40 países, mostrando que devemos manter os cuidados. Não é motivo para pânico, é só para reforçar os cuidados da população”, finalizou.

Sesab

A reportagem também entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (Sesab) para obter informações acerca da posição da pasta após o anúncio da OMS. A diretora da Vigilância Epidemiológica da secretaria, Márcia São Pedro, pontuou que os cuidados do órgão continuaram os mesmos. A orientação sanitária segue a mesma linha dos demais especialistas, com os cuidados higiênicos necessários.

“A orientação é manter os cuidados, toda a etiqueta de higiene. Então, é preciso usar máscaras para os pacientes que apresentam sintomas gripais, idosos e gestantes, a lavagem das mãos com água e sabão, e o uso do álcool gel e álcool 70”, pontuou a diretora.

“A Covid-19 hoje é uma das causas evitáveis de mortalidade, e para isso nós temos um grande recurso, que é a vacinação. Por isso, é necessário que o esquema esteja completo e as doses de reforço também sejam realizadas”, completou.

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