A cantora e candidata a vereadora de Salvador, Léo Kret, foi escolhida como madrinha da edição de 2024 do Orgulho LGBT+, que acontece neste domingo (8). Em cima do trio, em entrevista ao Portal Massa!, Kret agradeceu pela homenagem e também comentou sobre a adesão do público à Parada, que em sua 21ª edição ocorre no circuito da Barra.
"Eu também sou precursora das paradas LGBTs de bairro. Quando as pessoas vinham me pedir apoio, eu sempre dava. Agora, está grande, né? Várias paradas LGBTs nas comunidades, o que é superimportante, com várias lideranças LGBTs. Para mim, estar aqui hoje como madrinha da 21ª Parada do Orgulho LGBT da Bahia é uma grande felicidade, é muito importante pra mim", disse Léo.
"Todos os anos eu estou presente, coloco meu trio, coloco uma banda de pagode pra poder trazer e remeter a toda a população LGBT que também gosta do pagodão baiano. Eu, como pagodeira raiz que teve essa oportunidade, estou aqui lutando contra o preconceito, todo tipo de preconceito", disparou a cantora.
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Léo Kret também enfatizou a importância da identidade de gênero nas escolas. A dançarina, que foi a primeira mulher trans a se tornar vereadora no Brasil, relembrou sua carreira acadêmica, que foi interrompida por conta do preconceito. Segundo ela, no entanto, é necessário que a educação comece em casa.
"Eu acho superimportante [identidade de gênero nas escolas], porque, na minha época, muitas pessoas deixaram de estudar, inclusive eu. Tive minha vida acadêmica interrompida por preconceito dos professores, dos diretores, dos coleguinhas de sala. E hoje a gente vê que, com isso sendo aberto, as pessoas entendem, né? Cada gênero, cada orientação e identidade sexual. Então eu acho que quanto mais informação, melhor. E quando eu vejo aqui mãe, pai, tio, com suas crianças, seus filhos, apoiando a população LGBT, eu fico muito feliz. Porque, se a gente sofre preconceito dentro de casa, a rua também se sente na obrigação de nos tratar com preconceito. Então, abrace seu filho, sua filha, abrace o LGBT, porque o preconceito tem que acabar primeiro dentro de casa, e aí a rua vai nos respeitar", disse.