
O forro da Igreja e Convento de São Francisco que desabou nesta quinta-feira (5), na região do Pelourinho, em Salvador, matando uma pessoa e ferindo outras cinco, havia apresentado problemas esta semana.
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O frade Pedro Júnior Freitas, diretor da Igreja, disse à Folha que alertou o Instituto de Preservação do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) de dilatação no forro na última segunda-feira (3).

O responsável pelo templo revelou que solicitou a realização de uma visita técnica, mas não obteve resposta do órgão. "Pedimos, ainda, orientações sobre as possíveis soluções para o problema, garantindo que qualquer intervenção siga os critérios técnicos e de conservação exigidos para bens tombados. Ficamos à disposição para fornecer mais detalhes e agendar a melhor data para a visita", escreveu o frade em carta enviada ao Iphan.
Batata quente
Sosthenes Macedo, diretor da Defesa Civil de Salvador e Hermano Guanais, diretor do Iphan, afirmaram, entretanto, que não havia indícios de que o desabamento aconteceria.
Enquanto a Codesal atribuiu a responsabilidade do local ao órgão de preservação patrimonial, o Iphan disse que a própria instituição religiosa deve arcar com os custos relacionados ao reparo.
"Todos os entes públicos, privados, a sociedade em geral podem contribuir com o processo de restauração, de intervenção, porque é um bem que é voltado para o povo", relatou Hermano.
A Igreja e o convento de São Francisco são tombados pelo Iphan e classificadas como uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo. Em outubro de 2024, o órgão assinou uma ordem de serviço para a injeção de R$ 1,2 milhões em serviços técnico de reparação à Igreja.