
Os bancários da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil irão entrar em greve nesta sexta-feira (13), por tempo indeterminado. O principal motivo da paralisação é a insatisfação dos trabalhadores com a proposta de aumento salarial, como explica o presidente interino do Sindicato dos Bancários da Bahia, Elder Perez, ao Portal Massa!.
"Foram mais de 2 meses de negociação. Chegamos ao ponto de apresentar à Fenaban uma proposta de 0,7% de reajuste para este ano, acima da inflação. Ou seja, a reposição do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), mais 0,7% de aumento, e para o ano que vem, um reajuste de 0,6% acima da inflação. Essa proposta foi apresentada em assembleia, e os trabalhadores e trabalhadoras da base sindical da Caixa e do Banco do Brasil a rejeitaram", explicou Elder.
A greve afetará grandes cidades da Bahia como Feira de Santana, Salvador, Barreiras, Itabuna e Ilhéus, mas não será generalizada em todo o estado.
"Nós temos sindicatos no interior que não compõem a nossa base e aprovaram o acordo, então não irão entrar em greve. Nós, do Sindicato dos Bancários da Bahia, representamos mais de 200 cidades e nossa base recusou a proposta e aprovou a greve", destacou o presidente.

Fábio Santana, representante dos funcionários do Banco do Brasil, também comentou sobre outra importante reivindicação: uma cláusula para maior proteção dos concursados que trabalham nas agências, que hoje podem ser demitidos sem justa causa.
"A intenção dessa cláusula é criar alguns empecilhos. A redação que tentamos incluir foi que essa motivação (para demissão) tenha que passar por um colegiado, o que seria um obstáculo adicional para a demissão, algo que já existe em outras situações", revelou Fábio.
Elder comentou também que, apesar da Caixa ter aceitado participar de uma nova rodada de negociações, o mesmo não ocorreu com o Banco do Brasil, que até o momento não deu uma resposta ao sindicato. "O Banco do Brasil ainda não se pronunciou, e vamos seguir com a greve, já amanhã".
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Elder também garantiu que o sindicato está pensando nos clientes que serão afetados pela greve, alertando e explicando sobre a paralisação nas agências.
"O nosso sindicato tem uma dinâmica de discutir in loco com os trabalhadores que estão nas agências e também com os clientes, alertando e explicando sobre uma possível greve. Em um mês, já visitamos mais de 700 agências, sempre em horário de funcionamento, onde dialogamos com os funcionários e com a clientela. Esse trabalho de informar já foi feito", afirmou.
Vale destacar que tanto a Caixa, como o Banco do Brasil só irão funcionar atráves do auto-atendimento e via aplicativo, onde é possível depositar, sacar, realizar transferências, pagar boletos, entre outras funções.
Segundo Fábio Santana, algumas agências também podem não conseguir aderir à greve.
*Sob a supervisão do editor Anderson Orrico