Organizadores e músicos do Samba de São Lázaro estão receosos sobre o futuro do evento. Depois da diminuição no horário da festa por conta de denúncias, uma reunião com o vereador Duda Sanches (União Brasil) e representantes da PM, Transalvador e Guarda Civil Metropolitana debaterá soluções para evento na próxima terça (3). Nada foi definido até o momento.
Leia mais:
Ciclone na Bahia? Entenda causa das chuvas fortes que vêm por aí
22ª Caminhada da Consciência Negra acontece em Sussuarana no domingo
Neste sábado (23), diversos perfis que divulgam informações sobre o evento publicaram uma nota afirmando que o samba seria encerrado, assustando o público. "É com muita tristeza que viemos através desta informar o término definitivamente do Samba de São Lázaro", diz o anúncio.
Thiago da Silva, um dos diretores do Samba, esclareceu ao Portal MASSA! que as publicações foram feitas por páginas não oficiais, e que o evento ainda terá seu futuro decidido.
"Na verdade, a página Te Vi No São Lázaro postou essa publicação na página dele. Não foi a decisão do samba da direção. A gente não decidiu terminar o samba ou não. A gente vai ter reunião terça-feira, que a gente vai decidir. O prefeito me chamou pra conversar. Vão ter todos os órgãos, tanto o Major da 41, tanto o coordenador da Transalvador, e o coordenador do Guarda Municipal. A gente vai chegar a um acordo que seria melhor para as duas partes."
Geral preocupado
Vale lembrar que a festa, que costumava começar às 22h e terminar na manhã seguinte, teve sua duração reduzida para 20h até as 22h30, após denúncias de moradores de prédios nas proximidades e ofício protocolado pelo vereador Duda Sanches à prefeitura por nível elevado de som.
Junto da alteração nos horários a fiscalização da Transalvador se intensificou na região. De acordo com Thiago, na noite desta sexta (22), agentes exigiram que ambulantes fizessem o teste do bafômetro e cobraram o fim das atividades antes do horário estipulado.
"Eles estão pegando o pé da gente, antes do horário, já estão aqui", contou.
Assista:
Klebinho, da banda Oz Favoritos, que costuma tocar no samba, disse que a presença de fiscalização causou receio no pessoal. "O público ficou sem ter espaço para se divertir. Como se fosse um local proibido devido à polícia e guarda municipais".
Ele ressaltou que a festa ajuda as famílias dos comerciantes que vendem na localidade. "Na verdade, o samba da gente já se tornou uma coisa cultural. Além de ser um samba cultural, é um projeto que ajuda todas as famílias ali que tinham seu sustento. Nunca houve uma confusão", garantiu.
O Portal MASSA! entrou em contato com o vereador Duda Sanches para maiores esclarecimentos, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.