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Polêmica! - 21/11/2024, 18:05 - Vinicius Portugal* e Giovanna Rimola

Fim da escala 6x1 divide opiniões nas ruas de Salvador; confira

Portal Massa! encontrou todo tipo de pensamento durante uma caminhada na Lapa e no Pelô

O CLT está se dividindo quando o assunto é escala 6x1
O CLT está se dividindo quando o assunto é escala 6x1 |  Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

O Portal MASSA! foi pra rua saber o que o trabalhador pensa sobre a PEC da deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP), que pretende acabar com a escala 6x1. Teve de tudo: gente contra, a favor e os indecisos, que preferiram ficar em cima do muro.

Um exemplo é o da mineira Emília, que se posicionou contra o fim da escala com medo do que pode acontecer. Pra ela, o risco é de todo mundo ficar na mão do governo.

“Eu sou contra [o fim da escala 6x1] porque eu acho que a pessoa tem que se sustentar, não tem que depender do governo pra nada, né? Só pro básico mesmo. Se ela ficar dependendo do governo pra tudo, ela vai virar escrava do governo no final das contas porque vai ter que pedir bênção pra tudo”, disparou a turista polêmica enquanto curtia o Pelourinho.

A mineira Emília se diz contra a mudança
A mineira Emília se diz contra a mudança | Foto: Vinicius Portugal/ Portal Massa!

Ela ainda completou: “Porque vai trabalhar menos, ganhar menos, e aí alguém vai ter que pagar a conta. E no final é o povo mesmo, né? Aí a gente vai ter que ficar pedindo bênção pro governante, que a gente elegeu e tá interessado só na próxima eleição dele mesmo”.

Outro turista no Pelô, o mato-grossense Agnaldo, também foi contra o fim da escala 6x1. Segundo ele, o melhor seria o Estado encontrar um equilíbrio entre patrão e empregado.

“Eu sou contra o fim da escala 6x1. Acho que a gente precisa flexibilizar as regras pra que empregados e patrões trabalhem juntos na melhor alternativa, sempre pensando na produtividade na hora de definir a carga horária de cada um”, opinou.

E não parou por aí. Ele ainda deu sua visão sobre o impacto a longo prazo: “O problema é que, no final das contas, quem sofre são os mais pobres, por causa dos baixos salários. Se a produtividade não aumenta, os salários caem. A gente precisa reformular tudo isso pra que, trabalhando mais eficientemente, todo mundo tenha uma renda melhor. É assim que patrões e empregados podem ajudar a fortalecer a economia”.

Agnelo também é contra o fim da escala 6x1
Agnelo também é contra o fim da escala 6x1 | Foto: Vinicius Portugal/ Portal Massa!

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Mas nem todo mundo pensa igual. O MASSA! também deu um pulinho na Lapa, e lá, Sara defendeu com unhas e dentes o fim da escala 6x1. Pra ela, os trabalhadores precisam de mais tempo pra família e lazer, e as empresas têm como se adaptar.

“Eu acredito que as empresas têm, sim, condições de fazer um rodízio diferente. Não acho que isso vai prejudicar ninguém. E, olha, a gente merece mais tempo com a família, pra curtir, pra fazer o que quiser. Trabalhar cinco dias seguidos já é suficiente”, argumentou.

Uma outra mulher, que preferiu não se identificar, também concordou com Sara, mas fez um alerta. Segundo ela, os patrões podem não aceitar a mudança numa boa.

“Com a escala 6x1, a gente trabalha de segunda a sábado e ganha o mesmo salário. Isso não pode mudar porque é constitucional. Mas as empresas podem mexer nas gratificações que a gente recebe por trabalhar mais. Então, eu sou a favor, sim, mas a gente precisa estar preparado pra lutar, porque represálias vão vir, e não vai ser fácil conquistar isso aí”, apontou.

*Sob a supervisão do editor Anderson Orrico

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