Um ano após a morte de Genivaldo Santos, Maria Fabiana Santos, esposa da vítima, relata a mudança da rotina. Em entrevista ao portal G1, a viúva afirma que o filho do casal, de apenas oito anos, não sabe que o pai foi torturado por agentes da Polícia Rodoviária Federal.
No dia 25 de maio de 2022, Genivaldo foi colocado dentro de uma viatura da PRF, onde foi morto asfixiado, no municipio sergipano de Umbaúba. Os agentes envolvidos na sessão de tortura, William Noias, Kleber Freitas e Paulo Rodolpho, estão presos desde 14 de outubro do ano passado, e aguardam o júri popular.
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“Ele lembra do jeito como o pai fazia o suco, do jeito dele de lavar as mãos, do que ele comprava no supermercado. São vários pequenos detalhes da rotina deles de que ele lembra”, relata a viúva, que ainda diz que o pequeno acredita que o pai foi morto a tiros.
“Ele acha que o pai foi morto a tiros. Não sabe que o pai foi torturado, essa é uma dor pela qual ele ainda vai passar, é uma dor com a qual ele ainda vai ter contato [...] Hoje é um vazio imenso que existe dentro de mim, dentro da minha casa e dentro da minha família. A gente tinha o nosso mundo na nossa casa, e ele sempre procurava colocar o máximo de atenção e de amor em tudo. Hoje preciso ser forte pelo nosso filho, tentar suprir a falta do pai, que um ano depois percebo que é impossível de ser suprida”, finalizou a viúva de Genivaldo.