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Superação - 13/05/2025, 14:15 - Da Redação

Filha vira advogada e defende mãe 12 anos após acusação de homicídio

De Valença, baiana formou em direito para inocentar a própria mãe

Camila esteve na defesa que ajudou a inocentar Rosália
Camila esteve na defesa que ajudou a inocentar Rosália |  Foto: Reproduçaõ / Agência Pública

Poderia ser enredo de novela, mas é realidade. Rosália Maria Negrão Pita contou com a ajuda da própria filha, Camila Pita, que se formou em Direito e assumiu sua defesa em um julgamento por homicídio que se arrastou por mais de uma década.

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Rosália foi acusada de matar o namorado, José Antônio Silva Braga, conhecido como Tony Veículos, em 13 de março de 2012, na cidade de Valença, a 119 km de Salvador. Ela sempre sustentou que o companheiro havia tirado a própria vida dentro do carro onde estavam.

A lentidão do processo permitiu que Camila terminasse o ensino médio, ingressasse na faculdade de Direito e se tornasse advogada. Em setembro de 2024, 12 anos após a acusação, ela integrou a equipe de defesa da mãe durante o julgamento no tribunal do júri.

“Eu sabia os detalhes daquele inquérito de cor. Cada palavra, cada frase. Nos dias que antecederam o julgamento, meu foco e minha determinação eram tão grandes — além, claro, da responsabilidade de trazer à tona a verdade e garantir a liberdade da minha mãe — que eu mal conseguia me alimentar ou dormir. Foi um período intenso de trabalho”, relatou Camila em entrevista à Agência Pública.

Entenda o caso

Na madrugada de 13 de março de 2012, quando tinha apenas 14 anos, Camila foi acordada por batidas na porta de casa. Policiais buscavam sua mãe, que logo foi conduzida à delegacia após a morte do companheiro. Inicialmente considerada testemunha, Rosália acabou se tornando a principal suspeita.

Rosália passou 10 anos esperando resposta da jusstiça em Liberdade
Rosália passou 10 anos esperando resposta da jusstiça em Liberdade | Foto: Reproduçaõ\ Agência Pública

A versão dela sempre foi a mesma: o namorado cometeu suicídio. Após anos de espera, o caso foi a julgamento em setembro de 2024. A tese da defesa foi acolhida por unanimidade no júri popular, e Rosália foi finalmente absolvida.

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