A magia das palavras tomou conta das bibliotecas públicas da Bahia entre os dias 22 e 25 de abril com a realização da sexta edição do Festival de Contação de Histórias. Promovido pela Fundação Pedro Calmon (FPC), vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBa), o evento reuniu cerca de 400 pessoas em atividades presenciais e contou com transmissão ao vivo pelo YouTube, levando literatura, música, teatro e brincadeiras para crianças e amantes da arte de narrar histórias.
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Aberto ao público, o festival teve como objetivo atrair crianças, estudantes, pedagogos, professores, bibliotecários, atores, contadores de histórias e todos os interessados na promoção da leitura e da oralidade. As atividades aconteceram como uma ação unificada, envolvendo diversas unidades da rede estadual: Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, Biblioteca Central do Estado da Bahia, Biblioteca Anísio Teixeira, Biblioteca Juracy Magalhães Jr. (Itaparica e Salvador) e Biblioteca Pública Thales de Azevedo. A programação foi encerrada na Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, a única biblioteca pública infantil do estado, com uma intensa agenda de contações de histórias, oficinas formativas e apresentações culturais.
Neste ano, o festival integrou o projeto Abril do Livro Infantil e homenageou o centenário da pedagoga e bibliotecária Denise Tavares, fundadora da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, que completou 75 anos em 2024. Além da programação lúdica, o evento também promoveu debates sobre representatividade negra e indígena nas narrativas e ofereceu a trilha formativa "Além do Encantamento", com foco na capacitação de mediadores de leitura.
A emoção também deu o tom da homenagem às escritoras Paula Anias e Lívia Góis, reconhecidas pelo trabalho com a literatura e a valorização das infâncias. "As histórias falam de nós, e a gente precisa ser protagonista da nossa própria história", afirmou Lívia, emocionada por ter sido homenageada justamente na biblioteca que frequentava quando criança.
Para Tamires Conceição, diretora das bibliotecas públicas do estado, o festival reforçou o papel das bibliotecas como espaços culturais e educativos. “Foi uma oportunidade de aproximar crianças, jovens e adultos da leitura e da diversidade das histórias que formam nossa identidade”, destacou.
Grazielle Calazans, professora da rede pública, levou sua turma para participar das atividades e ressaltou a importância de iniciativas que incentivam o hábito da leitura fora da sala de aula. “Eventos como esse são fundamentais para reacender o interesse pelos livros e autores clássicos, como Monteiro Lobato”, afirmou.
Entre os participantes, o encantamento também se refletiu nas palavras do pequeno José Rubens, de 8 anos, aluno do 3º ano no Educandário Solução. Empolgado com o que viveu, ele declarou: “Queria vir mais vezes aqui assistir, queria vir todos os finais de semana! Eu estou gostando muito. Queria morar aqui perto pra poder vir direto. Quem ainda não conhece devia vir, ainda mais para aprender sobre o Monteiro Lobato”.
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