
A falsa professora de Direito, Cátia Raulino, foi condenada pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) a 10 anos de prisão por violação de direito autoral e uso de documento público falso. Ela também terá que pagar uma indenização de R$ 10 mil a cada uma das três vítimas de plágio.
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Segundo a investigação, Cátia utilizou obras de ex-alunos em um livro, apresentando o conteúdo como se fosse de sua autoria. A ‘professora fake’ poderá recorrer da decisão em liberdade.
A acusada se passava por advogada e acadêmica renomada para conseguir empregos, participar de palestras e eventos. Em alguns casos, chegou a publicar artigos de ex-alunos na íntegra, assumindo a autoria das produções.
A Justiça negou o pedido de indenização feito por universidades onde Cátia trabalhou, alegando que não houve danos à imagem das instituições.
O que rolou?
Na teoria, Cátia Raulino tinha um currículo exemplar, com graduação em Direito, mestrado, doutorado e pós-doutorado. No entanto, sua farsa começou a ruir quando alunos de uma faculdade particular a denunciaram por plágio.
Em 2020, um ex-aluno entrou na Justiça pedindo indenização de R$ 30 mil. A acusada tentou comprovar suas formações acadêmicas, mas nenhum dos documentos apresentados era válido. As instituições onde ela dizia ter estudado negaram que ela tivesse concluído qualquer curso.
Com mais de 180 mil seguidores no Instagram, conta que acabou desativada, Cátia passou a figurar com frequência nas páginas do Judiciário baiano.
Em 2022, ela já havia sido condenada a pagar multa de R$ 5 mil e mais R$ 25 mil por danos morais ao verdadeiro autor de uma obra plagiada. Agora, a situação se agravou, e a falsa professora poderá cumprir pena na prisão.