
O estudante de 16 anos que atacou a Escola Estadual Sapopemba, em São Paulo, na segunda-feira (23), se automutilou para desenhar uma suástica – símbolo do nazismo – na panturrilha e, durante o seu depoimento à polícia, pediu para assistir as imagens do atentado.
De acordo com ele, vários motivos motivaram o ataque, desde bullyng por ser homossexual até um suposto ódio que um professor tinha por ele e dois colegas. O adolescente feriu duas alunas de 15 anos e matou uma estudante, identificada como Giovanna Bezerra da Silva, de 17 anos.
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Nas redes sociais, o adolescente fazia diversas publicações exaltando o nazismo. Durante depoimento, ele quis saber como tinha sido a repercussão do caso e pediu para assistir os vídeos, porém foi negado pela polícia. Antes de atacar as vítimas, o estudante foi para o banheiro da escola e fez uma transmissão ao vivo pelo aplicado Discord.
Ainda de acordo com fontes envolvidas na investigação, o atirador desenhou a suástica na perna para ter moral dentro de um grupo que fazia parte e também revelou que faria o ataque. Além disso, ele desenhou o símbolo nazista no rosto e divulgou nas redes sociais, o que gerou críticas por parte dos seguidores, que deixaram de o seguir.
A polícia suspeita que o adolescente foi incentivado no grupo do Discord a cometer o crime e orientado sobre como usar o revólver calibre 38. A arma foi obtida na casa do pai, no fim de semana antes do atentado.