
Cenas de terror e violência voltam a tomar conta do Colégio Estadual Júlio Pardo Couto, de Praia Grande, em São Paulo. Um jovem estudante, de 14 anos, foi espancado por colegas no mesmo local em que o adolescente falecido, Carlos Teixeira, sofreu com dois alunos pulando de forma brutal nas costas dele, no dia 9 de abril.
A mãe do adolescente agredido, Tatiane Boeno, revelou em entrevista nesta segunda-feira (22), que foram pelo menos sete meninos envolvidos no espancamento. Além disso, ela afirmou que o garoto apanhou em dois momentos do dia, com tapas e pontapés, dentro de um dos banheiros da unidade.
"O sentimento é de revolta e medo. Esse banheiro é perigosíssimo. Todas as brigas são resolvidas lá, pois não tem câmera. Eles [os agressores] esperam o aluno que querem fazer bullying entrar e, então, atacam em bando. São sempre os mesmos", disparou ela em entrevista ao g1.
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O menino ficou com diversos hematomas e arranhões pelo corpo. Tatiane contou que descobriu as agressões no mesmo dia, pois o filho tentou fugir da escola. "Ficou com medo porque o ameaçaram de represália na saída. Mas foi 'pego' e levado para a diretoria", disse ela.
A mãe disse que o garoto confessou que foi batido no colégio, e então ela foi falar com a diretoria, porém, disseram que não havia agressão naquele dia. Tatiane então resolveu o problema indo à escola na hora da saída e conversando com os agressores do filho, que se desculparam e prometeram não fazer de novo.
Caso Carlos Teixeira
Na mesma escola, no dia 9 de abril, o jovem Carlos Teixeira, de 13 anos, foi vítima de um espancamento, em que dois colegas pularam sobre as costas dele. Ele foi levado a UPA Central de Santos (SP), onde foi internado e entubado. No dia 16 deste mês, o garoto foi transferido para Santa Casa de Santos e morreu após três paradas cardiorrespiratórias.
