O nervosismo e a ansiedade viraram alívio após o último dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Apesar de finalizada no último domingo (16), um bafafá sobre o exame ganhou força nas redes sociais nesta terça-feira (18).
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A situação envolve um desabafo seguido de denúncia feito por alguns perfis no X, antigo Twitter. As publicações citavam uma confusão envolvendo um suposto vazamento de questões do Enem por um professor em lives de revisão antes da prova.
A principal reclamação é de que ele teria tido acesso a alguns conteúdos da prova em outra avaliação, a da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), e repassando aos seus alunos, favorecendo-os. Prints que revelam conversas do educador dando dicas dos enunciados circularam na web e revoltaram outros candidatos.
"O ENEM define o futuro acadêmico e profissional de milhões de jovens. Qualquer vazamento ,ainda mais vindo de alguém com acesso privilegiado ao CAPES, destrói a confiança na prova e no próprio sistema de avaliação pública do país. Isso não pode ser tratado como um erro pontual, porque esse tipo de favorecimento distorce completamente a concorrência, penaliza quem estudou honestamente e coloca em risco a integridade de todo o processo seletivo", bradou um perfil no X.
A reportagem do Portal MASSA! entrou em contato com o Inep, o MEC e o CAPES pelos respectivos e-mails e, até o momento, não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.
Mais confusões
Esta não é a primeira vez que o Enem se torna alvo de críticas e problemas. Desde a sua criação, em 1998, no governo de Fernando Henrique Cardoso, o exame passa por mudanças e, consequentemente, alimentou debates entre os participantes.
Roubo de provas
Em 2009, houve um roubo, vazamento e tentativa de venda das provas. Cinco envolvidos com o caso foram condenados e a prova foi adiada para dois meses depois. No fim de tudo, o prejuízo foi de R$ 45 milhões.
Confusão nos cadernos e vazamento de dados
Um ano depois, cerca de 3,3 milhões de alunos que receberam os cadernos de cor amarela foram prejudicados com a ausência de 90 questões. Além disso, a folha de gabarito veio com os cabeçalhos trocados. O MEC precisou reaplicar o Enem.
No mesmo ano, foi descoberto que cerca de 11,7 milhões de estudantes que se inscreveram no Enem entre 2007 e 2009 tiveram os dados pessoais vazados. Devido a ocorrência, o Inep optou por mudar a forma de acesso às notas.
Miojo na prova?
Em 2013, redações com teor de deboche ou com frases indevidas - como a receita de um Miojo ou contendo o hino de um time de futebol - foram descobertas. Diante disso, o presidente do Inep na época, Luiz Cláudio Costa, puniu os candidatos responsáveis.
Jogaram o Enem pra cima
Devido as decorrências da pandemia da Covid-19, o Enem de 2020 precisou ser aplicado em 2021. Porém, 55,3% dos participantes 'jogaram pra cima' e faltaram nos dias da prova. Apenas 2.470.396 das 5.523.029 pessoas participaram.
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