Estudantes de todo o Brasil estão na reta final de preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, uma das principais portas de entrada para o ensino superior no país. O primeiro dia de exame acontece neste domingo (3), com as provas de Ciências Humanas, Linguagens e Redação.
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Para auxiliar os alunos nessa jornada, o Portal MASSA! conversou com Glessia Santos, professora de história do Instituto Cultural Steve Biko, que compartilhou dicas valiosas sobre como se preparar para esta prova, que exige conhecimentos transversais.
Nada de memorização!
A primeira dica da professora Glessia Santos diz respeito ao formato da prova e à maneira como os assuntos são abordados. Em geral, os alunos se preocupam muito em memorizar datas e nomes de grandes acontecimentos, mas essa não é a principal exigência do exame; o que importa é o contexto!
A pergunta será algo relacionado ao contexto daquele acontecimento, o que é possível inferir sabendo o que houve naquele período
Glessia Santos, professora de história
"Todas as informações de tempo, espaço e sujeitos já estarão na prova. O que o Enem exige é um olhar crítico a partir do contexto apontado, ou uma análise da relação passado x presente. [...] A prova já apresenta, por exemplo, quando e como ocorreu a Independência da Bahia. A pergunta será algo relacionado ao contexto daquele acontecimento, o que é possível inferir sabendo o que houve naquele período", analisa.
Além disso, ela ressalta que os assuntos na prova podem ser abordados de maneira centralizada em cada uma das áreas da Ciências Humanas, mas também podem exigir uma análise multidisciplinar em uma mesma questão.
Pensar em Ciências Humanas na prova do Enem significa sempre considerar prismas fundamentais nas questões políticas, econômicas, sociais e culturais.
"Trata-se de uma prova interdisciplinar, por isso as temáticas são cobradas de maneira correlacionada entre os diferentes conteúdos. A interpretação é essencial para uma análise mais contextualizada e integrada", afirma Glessia.
Temas que mais caem na prova
Os especialistas recomendam que, nessa reta final, os candidatos reduzam o volume de estudos e procurem relaxar um pouco com o objetivo de chegar tranquilo no dia da prova. Mas, na vida real, nem sempre é assim que funciona.
Por isso, se precisar estudar algo ainda a essa altura do campeonato, a professora dá dicas das áreas que o candidato deve estar atento. "Analisando ao longo dos anos, a gente nota que há uma recorrência de determinados conteúdos. Questões da sociedade e da história política são muito cobradas", ressalta Glessia.
A professora destaca como temas recorrentes nas provas de Ciências Humanas do Enem: Idade Média, Idade Moderna, Sociedade Colonial e Escravismo no Brasil; Filosofia antiga e moderna; Geopolítica e Espaço Agrário.
No caso da História do Brasil, o candidato não pode ir para a prova sem estudar a o período colonial, a história da República, a política do Café com Leite, a Era Vargas, as leis trabalhistas e o processo de industrialização do país.
Glessia Santos, professora de história
Ainda de acordo com a orientação da professora, se ainda for analisar conteúdos nesta reta final, escolha por períodos mais longos, como analisar quais são os principais acontecimentos de cada século. Divida os séculos e analise os acontecimentos e as relações humanas, levando em consideração os contextos.
No mais, a dica é descansar e ter pensamento positivo. "Acreditem que vocês fizeram o melhor e que esse melhor vai trazer resultados. Nunca se esqueçam que a nota não define vocês", garante a professora.
Instituto Steve Biko
O pré-vestibular do Instituto Cultural Steve Biko (ICSB) é uma iniciativa pioneira do Movimento Negro que, desde 1992, vem promovendo o acesso de estudantes negros e negras ao ensino superior.
Criado a partir da Cooperativa Steve Biko, fundada e gerida por estudantes e professores negros da Bahia, o curso oferece anualmente 75 vagas em uma turma noturna, com um cadastro de reserva de 25 vagas.
A TARDE Educação
O Programa A TARDE Educação tem sido um pilar na formação continuada dos professores, impactando os estudantes, além de fomentar uma cultura de respeito e empatia nas escolas parceiras. Com ações formativas, materiais direcionados e suporte ativo aos facilitadores, o Programa contribui para o desenvolvimento de habilidades essenciais, como regulação emocional e práticas de convivência saudável, fortalecendo a base socioemocional das instituições educacionais.