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Indispensável - 10/06/2024, 06:00 - Silvânia Nascimento

Em época de aglomerações, vacinas ajudam a reduzir riscos no São João

Especialistas destacam importância da imunização para se proteger de vírus como influenza e covid durante as festividades

São João também combina com vacinação
São João também combina com vacinação |  Foto: Denisse Salazar e Shirley Stolze / Ag. A TARDE

Ruas decoradas com bandeirolas, supermercados já comercializando itens das comidas típicas e a galera na contagem regressiva para curtir uma das principais festas nordestina: o São João. Mas calma aí que junto com esses festejos vêm também os surtos de doenças como influenza, covid e o vírus do Sincicial Respiratório (VSR).

E uma das melhores formas de reduzir a proliferação desses vírus é mantendo a caderneta de vacinação em dia. Esse método é tão importante que no último domingo, 9 de junho, foi celebrado o 'Dia Nacional da Imunização', campanha que tem como objetivo fazer a sociedade entender que as vacinas são meios indispensáveis para garantir a saúde coletiva e individual.

Para explicar mais detalhes sobre os benefícios da imunização, os principais grupos de riscos, a relação entre a vacina e bebida alcoólica e outros fatores, o MASSA! conversou com o infectologista e consultor técnico do Sabin Diagnóstico e Saúde, Claudilson Bastos, e com a alergologista e imunologista da Clínica IBIS, Mayra Coutinho Andrade.

Anticorpos 'batendo' certo

"As vacinas são substâncias que vão ensinar o nosso organismo como se proteger. Então, quando a gente toma uma vacina, a gente estimula o nosso organismo a produzir uma proteína que se chama anticorpo. Esse anticorpo fica lá, e quando a gente se infecta por aquela doença, o corpo da gente já sabe mais ou menos como lidar com isso. A tendência é que, se uma pessoa que foi vacinada, ela não fique doente, ou, se ficar, seja de maneira mais leve. Quem não está com a caderneta de vacinação atualizada tem um risco muito maior de contrair doenças mais graves, mais sérias e até fatais", explicou Mayra.

Conforme esclarecimentos do infectologista, crianças, idosas, pessoas imunossuprimidas e gestantes são os grupos mais vulneráveis a ter maiores complicações caso sejam contaminadas por algum desses vírus.

No entanto, o médico também destacou que aqueles que possuem doenças respiratórias crônicas, como asma, sinusite, rinite e outras, também estão mais expostos aos riscos.

"As pessoas com doenças respiratórias são as mais propensas a terem infecções virais como Covid e influenza. Então, elas devem, a depender da situação, tomar a vacina. Mas, se é uma pessoa com asma, por exemplo, que usa cronicamente o corticoide, a gente deve ter cuidado com relação ao Vírus Essencial Respiratório, por causa do grau de imunossupressão desses pacientes", destacou o especialista.

Aquela 'segurada' no álcool

Festa junina remete a música, aglomerações, forró e, claro, licor. Porém, quando se trata de vacina e bebida alcoólica é preciso ficar atento, como alerta Claudilson Bastos.

"O álcool de modo geral, ele tem um metabolismo no fígado. Habitualmente, não há essa complicação com relação à vacina, mas a pessoa que toma o imunizante, nas primeiras 48 horas, pode ter febre, um pouco de mal-estar. Então, se tomar a vacina e quiser beber, é melhor aguardar as primeiras 48 horas", orientou o médico.

O quadro de pessoas mais sensíveis a contrair os vírus e, consequentemente, evoluírem para uma situação mais séria, continua. Pacientes com doenças autoimunes (aquelas em que o sistema imunológico ataca o próprio organismo), também precisam redobrar os cuidados e recorrer às vacinas indicadas pelo profissional de saúde., como explica a alergologista e imunologista, Mayra Andrade.

"Pessoas com doenças autoimunes, para controle desse quadro, precisam usar a medicação que baixa a imunidade. São medicações chamadas imunossupressoras, então, elas ficam com a imunidade mais baixa e, por conta disso, elas têm o risco aumentado, sim, quando tem alguma infecção", detalha Mayra.

"Com isso, a covid e a influenza podem fazer quadros mais graves nessas pessoas, sim. Por isso é importante estar com o calendário de vacinação em dia, e conversar com o médico que está acompanhando essas pessoas para orientá-las corretamente sobre as vacinas", completa a alergologista e imunologista.

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