A mulher mantida em condição análoga a escrevidão por 44 anos, em Porto Seguro, no extremo sul da Bahia, teve o útero retirado sem consentimento, além de ser expulsa de casa e ter empresas abertas em seu nome. As informações foram expostas por Marta de Barros, advogada da vítima, nesta terça-feira (24).
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Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT-BA), Maria* (nome fictício) foi submetida a exploração na casa de Heny Peluso Loureiro desde que tinha 6 anos de idade. Por conta da violência sofrida por 44 anos, a mulher receberá uma indenização de R$ 500 mil.
De acordo com a advogada de Maria*, a vítima tinha um mioma, tumor benigno que cresce no útero, na época em que ele foi retirado. O procedimento médico foi realizado sem o consentimento da mulher e com autorização dos filhos da ex-patroa, que também solicitaram auxílio doença no nome de Maria*.
Ainda de acordo com a advogada, os filhos da ex-patroa já haviam solicitado Bolsa Família e auxílio por incapacidade temporária, também no nome de Maria*.