
A mistura dos sons da sanfona, da zabumba e do triângulo se tornaram um hino não oficial da região Nordeste. Muito mais que música, o forró foi responsável por fazer o país inteiro conhecer e se apaixonar pela cultura nordestina. Para celebrar a importância desse gênero musical, o dia 13 de novembro foi consagrado como Dia Nacional do Forró.
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A relação com o ritmo normalmente começa na infância, como uma espécie de tradição que é passada adiante. “Acho que é um gênero musical em que todo mundo se sente muito próximo. Acho que memórias afetivas são acionadas quando a gente ouve forró, lembramos de nossos ancestrais”, disse a cantora Emili Pinheiro em entrevista ao MASSA!.

O universo do forró sempre teve uma presença feminina muito forte, algo que encanta diversas mulheres que resolvem dar uma chance ao gênero. “Acho que a força do feminino no forró foi algo que me capturou muito porque eu sentia a necessidade de ocupar esse lugar de representatividade, de poder ativar esse gatilho positivo em outras mulheres”, afirmou.

Em meio ao aniversário de Luiz Gonzaga, muitos forrozeiros aproveitam para fazerem apresentações especiais. O nervosismo é grande em subir ao palco carregando um pouco do legado do Rei do Baião. “A gente não está só levando nosso trabalho, estamos representando a arte de uma pessoa muito importante”, contou Gil Kalazans, vocalista da banda Colher de Pau.

Gil também destacou a importância de uma data como o Dia do Forró. “É uma data marcante e que não pode ser esquecida jamais. O forró está no coração de muita gente, ele já fez história e continua fazendo”, afirmou.
Um gênero que respeita suas raízes
Quem vive o cenário admite que é difícil haver oportunidade para cantores estreantes. “A gente vive com aquilo que já foi tocado há muitos anos atrás. Eu entendo que é necessário estar se renovando. A gente não vê hoje muitas oportunidades, outras caras”, explicou Gil. É fato que quem canta forró não abre mão de reverenciar as raízes do gênero.
Nomes como Dominguinhos e Luiz Gonzaga continuam sendo os pilares para qualquer um que aposta no ritmo. “São as duas grandes referências do forró que nós temos. Se não está no repertório enquanto música, é na vestimenta, em algum elemento do show”, contou Maurício Cairo, que comanda a banda Ú Tal do Xote.

Mauricio deu algumas dicas para quem quer começar a cantar forró. “Aproveitem, conheçam os artistas, frequentem os grupos, escutem forró, divulguem entre seus amigos, tire o forró do seu fone de ouvido e coloque na caixa de som, no carro para você ouvir. Acho que dessa forma a gente só vai aumentar o consumo do forró”, destacou.
