
O tradicional Zoológico de Salvador está de volta, de cara nova e com um nome oficial: Parque Zoobotânico da Bahia. Reaberto nesta terça-feira (3), após uma grande reforma, o espaço retoma suas atividades com mais de 1.400 animais e uma proposta que vai além do lazer, apostando em educação ambiental, segurança e conexão com a fauna brasileira. A entrada é gratuita e o funcionamento vai das 9h às 17h.
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Com 35 ambientes, o parque abriga espécies como lobo-guará, onças, macacos, araras e serpentes, mas deixa de fora animais que não pertencem à fauna nacional, como leões, tigres e elefantes. “O foco agora é resgatar e cuidar de espécies típicas da Bahia, contribuindo para a conservação do nosso bioma”, destacou a administração do parque.
Apesar da chuva que acometeu a cidade nesta terça-feira, o público, mesmo tímido, compareceu ao primeiro dia de retomada. Elis Ângela, moradora do Corredor da Vitória, foi uma das visitantes do dia, acompanhada do marido, Luiz Cesar.“Sempre gostei do Jardim Zoológico. Quando meu filho era pequeno, vivia aqui. Hoje ele é biólogo e faz estágio no parque. É memória afetiva”, contou. “É importante pros bichos, para quem vem visitar e para a natureza”, disse sobre a revitalização do espaço.

O casal Augusto e Marisa Rocha, do bairro de Brotas, levou a neta Nina, de dois anos, para conhecer o novo espaço.“É um espaço bem legal e importante para as crianças, porque você vai criando uma consciência de natureza, de preservação, que é bem bacana”, disse Augusto.“Já dá para ver que está melhor”, destacou sobre a mudança.
Além do espaço revitalizado, o parque tem diversas áreas novas, como a de paleontologia e a reabertura do aviário, fechado desde 2019. O novo conceito do parque não prevê a inclusão de animais de outros continentes, como leões, tigres e elefantes, tradicionalmente associados a zoológicos. A proposta atual é manter o foco na fauna brasileira, especialmente em espécies resgatadas ou que precisam de cuidados específicos.
Segurança garantida
Para garantir a tranquilidade, a Polícia Militar da Bahia montou um esquema especial de segurança dentro e fora do parque, com patrulhamento a pé, em viaturas e motocicletas. A comandante da Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA), major Érica Patrícia, destacou que o parque é mais do que um espaço de lazer.
“Estamos com um estande de educação ambiental no parque, para que as pessoas conheçam melhor os animais silvestres, desmistificam o medo, especialmente das serpentes, e aprendam como podem contribuir para a preservação do meio ambiente”, completou a major.