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Situação delicada - 18/06/2024, 16:12 - Da Redação e Vinicius Portugal - Atualizado em 18/06/2024, 18:23

Crise no Martagão Gesteira: UTI pode ser desativada a partir de quinta

Unidade tem atendimento 100% pelo SUS

Crise no Hospital Martagão Gesteira pode peder as UTI's
Crise no Hospital Martagão Gesteira pode peder as UTI's |  Foto: Divulgação

Em meio a uma persistente crise financeira, o Hospital Martagão Gesteira enfrenta mais um novo problema: a desativação, a partir desta quinta-feira (20), de uma das UTIs pediátricas. A unidade de saúde localizada em Salvador é referência pelo atendimento 100% gratuito.

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O hospital enfrenta dificuldades que podem comprometer seriamente o acesso aos cuidados intensivos essenciais para crianças e adolescentes, pacientes oncológicos, com quadros neurológicos severos ou submetidos a cirurgias cardiológicas, entre outras especialidades. A decisão, irá impactar drasticamente a capacidade de atendimento do Martagão Gesteira na Bahia, que perderá metade dos 20 leitos de terapia intensiva hoje disponíveis na unidade que há anos trata casos de maior complexidade.

O Portal Massa! entrou em contato com o Martagão Gesteira, que, por meio de nota, confirmou o fechamento da UTI e revelou que o hospital passa por dificuldades financeiras, com um déficit estimado de R$ 15 milhões.

Com o fechamento da UTI, o número de cirurgias cardíacas realizadas será diminuído, mas o hospital não irá fechar e duas Unidades de Terapia Intensiva estão em pleno funcionamento. O Martagão Gesteira já está em tratativas para que todas as alas voltem a funcionar em seu perfeito estado.

Confira nota na íntegra:

Instituição filantrópica, o Martagão Gesteira enfrenta, há anos, o desafio de angariar recursos para suprir um déficit mensal e poder ofertar saúde de qualidade a quem mais precisa. Em 2024, a estimativa era de um déficit de cerca de R$ 15 milhões. O recurso que é repassado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) não cobre os custos totais da operação do hospital, que atende milhares de pacientes de todo o estado, em 27 especialidades médicas.

Cada serviço ofertado no hospital é feito por meio de contratos com o poder público. Apesar de reajustes pontuais, há contratos que não são atualizados há mais de 10 anos. Toda essa situação vem sendo resolvida graças a receitas extraordinárias, especialmente com o apoio da bancada parlamentar baiana e doações de inúmeros apoiadores. Entretanto, a solução definitiva requer a revisão e atualização dos valores pactuados.

Especificamente para a UTI, o subfinanciamento do SUS e uma escassez de profissionais habilitados em pediatria criaram uma situação extremamente difícil. Diante deste cenário, essa defasagem contratual levou ao fechamento de uma UTI específica do hospital, com redução no quantitativo de cirurgias cardíacas a serem realizadas. Entretanto, o Martagão manterá outras duas UTI’s em pleno funcionamento.

Apesar de auxílios pontuais, como emendas parlamentares e contribuições da sociedade civil, a operação destes serviços torna-se impossível sem o efetivo equilíbrio dos contratos.

A interrupção de um determinado serviço é o último desfecho desejado pelo hospital, que já está em tratativas com seus contratantes para encontrar estratégias para que o serviço seja retomado em sua plenitude. Diante desta situação, o hospital irá readequar seu rol de serviços e intensificará cirurgias eletivas. Haverá um incremento de procedimentos como amigdalectomia, amigdalectomia com adenoidectomia, e as henioplastias epigastrica, incisional, inguinal, inguinal crural e umbilical.

O hospital destaca, ainda, que não há previsão de demissões em massa, não há insolvência financeira e que todos os contratos e pagamentos estão em dia. Não há ameaça de fechamento do Hospital, que permanece funcionando normalmente.

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