O trabalho coletivo realizado por estudantes do Centro Estadual de Educação Profissional Formação e Eventos Isaias Alves (ICEIA), localizado no bairro do Barbalho, em Salvador, resultou na produção de uma revista em quadrinhos nomeada de 'Guardiões da Inocência'.
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Idealizada para contribuir no combate a ataques e crimes que envolvem bullying, cyberbullying, preconceito, racismo e violência, incluindo a sexual, a iniciativa surgiu a partir de um diálogo colaborativo entre professoras da instituição de ensino. Agora, os estudantes e corpo docente se preparam para a distribuição dos exemplares.
"Ela está quase pronta. Fizemos a primeira versão dela num formato de protótipo, que foi apresentado tanto lá no Fliceia, evento de literatura lá da escola, quanto no Encontro Estudantil. Pretendemos fazer o lançamento em outubro. Depois, nossa ideia é distribuir primeiramente na feira de ciências do ICEIA. Vamos levar, também, alguns exemplares para a segunda etapa do encontro estudantil, que vai acontecer em dezembro. A partir disso, veremos como vai ser a recepção para distribuirmos também outras escolas. O nosso objetivo é que cresça bastante e a gente consiga distribuir em todo lugar possível", explicou a professora Anara Improta, do Curso Técnico em Artes Visuais.
De acordo com a Secretaria de Educação (SEC), a proposta é que cada edição aborde um tema relativo ao contexto escolar. O tema da primeira edição é o bullying.
Para Paula Furtado, especialista em psicopedagogia e neuropsicopedagogia, o investimento - por parte das escolas - em campanhas educativas sobre respeito, empatia e diversidade, pode ajudar a combater e identificar esses tipos de ataques.
"Tem que dar mais capacitação tanto para funcionários como para professores e eles começarem a identificar sinais de bullying. Criar espaços onde os alunos consigam se sentir seguros para falar, que eles não tenham medo de represálias”, disse em entrevista ao MASSA!.
Os danos do bullying
A especialista explicou, também, quais danos o bullying pode causar na saúde mental de crianças e jovens e como identificar os sinais e comportamentos que podem quando esse público está sendo vítima dessa prática.
“Podem gerar ansiedade, depressão, baixa autoestima, isolamento social e até pensamentos autodestrutivos, às vezes causando até agressão, autoagressão física Eles começam a recusar ir para a escola, têm uma queda no desempenho, às vezes, se isolam, ficam irritados, podem ter distúrbios de sono ou alimentação. Começam com frases de autodesvalorização. Então, esses sinais, têm que ser validados, nunca ignorados”.
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