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Da Bahia! - 19/09/2024, 19:14 - Da Redação

'Carurives' de São Cosme e Damião vira patrimônio imaterial baiano

Registro deve ser publicado no Diário Oficial da Bahia em 27 de setembro, dia dos santos

Caruru de São Cosme e Damião agora é patrimônio imaterial da Bahia
Caruru de São Cosme e Damião agora é patrimônio imaterial da Bahia |  Foto: Olga Leiria / Ag. A TARDE

Durante todo o mês de setembro, os baianos ofertam o caruru para homenagear santos e divindades da religião católica e do candomblé. Feito com quiabo cortado, camarão seco, azeite de dendê entre outros temperos, o caruru costuma ser servido primeiro às crianças, tradição que ficou conhecida também como “caruru de sete meninos”, para depois ser servido a todas as pessoas presentes na festa.

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Essa manifestação cultural baiana que se repete todos os anos agora é patrimônio imaterial da Bahia, título aprovado pelo pleno do Conselho Estadual de Cultura (CEC) por unanimidade. O registro deve ser publicado no Diário Oficial da Bahia em 27 de setembro, dia de São Cosme e Damião.

A vice-presidente da Câmara de Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural (CPHAAN), conselheira Evanice Lopes, foi a relatora do processo e apresentou parecer favorável à aprovação do título. “Não nos deixa dúvidas de que a Festa do Caruru de São Cosme e São Damião é uma das principais e mais antiga manifestação religiosa popular baiana, reunindo características próprias na junção de símbolos místicos e elementos plurais do sincretismo religioso baiano como estratégia de festejar, celebrar e agradecer”, argumentou ela em defesa.

O presidente da Câmara de Patrimônio, que também é autor deste processo de patrimonialização, Táta Ricardo, comemorou a aprovação. “O princípio do patrimônio é de fato pertencimento, a gente não aprende na academia, na universidade… patrimônio é algo que a gente herda”, disse ele ao destacar que o caruru de São Cosme e Damião é uma das maiores manifestações populares de origem sacra do estado, mantida pelas pessoas, famílias e comunidades religiosas e culturais presentes em toda a Bahia.

O secretário de Cultura e presidente de honra do Conselho, Bruno Monteiro, também marcou presença na sessão plenária. Ele elogiou o relatório e parecer apresentados e celebrou a salvaguarda de mais essa tradição baiana. Bruno conversou com o governador Jerônimo Rodrigues durante a sessão, que recebeu a notícia com entusiasmo e disse que providenciará a publicação do registro especial no Diário Oficial do dia 27 de setembro, Dia de São Cosme e Damião.

Conselho Estadual de Cultura da Bahia (CEC) – Criado em 1967, é um órgão colegiado do Sistema Estadual de Cultura, que tem como finalidade contribuir na formulação da política estadual de cultura, através de discussões, decisões e trabalhos desenvolvidos pelas câmaras, comissões e sessões plenárias. A Câmara de Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural (CPHAAN) é um dos principais instrumentos de trabalho do Conselho, tendo como missão analisar e emitir parecer sobre pedidos de registros (patrimônios intangíveis) e tombamentos (bens materiais) encaminhados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac).

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