
Esse ano o desfile do 2 de Julho não tem um tema específico. Segundo o presidente da Fundação Gregório de Matos, Fernando Guerreiro, a ideia é aproximar a festa da população.
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"A gente não colocou símbolos históricos no tema, nada. Eu sou Dois de Julho. Por que? Porque isso traz a população. Todos nós fazemos parte desse movimento. Todos nós somos responsáveis em manter essa memória dessa festa tão importante da independência do Brasil na Bahia", diz Guerreiro.
A proposta pode ser vista também nas vestimentas da Cabocla e do Caboclo, que esse ano desfilam de branco.
"Porque a gente precisa reverenciar a paz. Nesse momento que a gente está aí com guerra estourando em tudo quanto é quanto, nós temos atualmente três, é bom que a gente venha com essa cultura da paz", justifica o dramaturgo.
Força da periferia
Fernando Guerreiro, reforçou a potência da cultura nas periferias de Salvador e a necessidade de investimentos na região.
"Eu acho que Salvador é uma cidade que tem um movimento cultural fortíssimo na periferia. Então, a gente tem o projeto de Boca de Brasa, que já é um projeto exitoso, que é justamente para trazer esse apoio para a cultura da periferia e tentar romper esse estigma de que periferia é palco de violência e de tragédia", iniciou Fernando Guerreiro.
Guerreiro ainda citou o surgimento de grandes movimentos culturais e musicais na periferia, a exemplo do axé music.
"Os grandes movimentos artistas de Salvador, os grandes artistas saíram da periferia. Então, hoje é uma região da cidade riquíssima", afirmou.