No dia 21 de setembro, o Brasil se une em uma celebração muito importante: o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. Em 2023 a data ganha um significado ainda maior, considerando os recentes dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Ministério da Cidadania (MDHC), que apontam que, no Brasil, vivem 18,6 milhões de pessoas com deficiência.
O número impressiona e alerta para a necessidade de prestar mais atenção nessa parcela significativa da população, garantindo-lhes acessos aos seus direitos e políticas públicas. Ainda de acordo com a pesquisa, a região Nordeste apresenta o maior percentual de pessoas com deficiência registrada. A luta diária pela inclusão é uma realidade das pessoas com deficiência.
O jornalista baiano Ednilson Sacramento é um homem cego e deseja ser visto como um cidadão comum. “Na luta por direitos não basta se espelhar na legislação, é no dia a dia que a gente conquista. Gostaria que o mundo me visse de outra maneira, como uma pessoa que vive como outra pessoa qualquer, apenas tem um impedimento visual”, diz.
A influenciadora baiana Cacai Bauer, que tem síndrome de down, tem quase meio milhão de seguidores no Instagram, plataforma onde ela compartilha sua rotina. Para ela, o trabalho segue ao pé da letra: influenciar. “Eu sempre falo para eles [seguidores] para não desistirem dos sonhos deles. Síndrome de down não é uma doença e todos são iguais”, pontua.
Homenagem ao ICB
Se o assunto é a luta da pessoa com deficiência, não há como não falar do Instituto de Cegos da Bahia (ICB). Nessa quarta-feira (20), o Instituto recebeu uma homenagem na Câmara Municipal de Salvador em celebração aos 90 anos de serviços prestados. “Foi extremamente importante para o Instituto porque 90 anos não é qualquer instituição filantrópica que consegue atingir”, disse Heliana Diniz, diretora do ICB. “O que todos chamam de deficiência visual, pra nós é uma característica, que tratada com delicadeza e carinho, por pessoas especializadas, pode fazer com que o deficiente seja incluído na sociedade como uma pessoa de futuro, quase tanto quanto às outras”, concluiu.