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Febre do momento - 14/05/2025, 12:00 - Amanda Souza

Bebês reborn: 5 coisas que talvez você não saiba sobre esse universo

Assunto mais falado da internet nos últimos dias desperta muita curiosidade

Semelhança com um neném real impressiona
Semelhança com um neném real impressiona |  Foto: Uendel Galter / Ag. A TARDE

Eles têm cheirinho de talco, bochechas rosadas e até peso de recém-nascido. Os bebês reborn são bonecas hiper-realistas que conquistaram o coração de colecionadores, artistas e entusiastas mundo afora, inclusive no Brasil.

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Embora os bebês não sejam nenhuma novidade, esse se tornou o assunto do momento nos últimos dias. Mas, por trás dos olhinhos de vidro e das roupinhas de neném, existe uma arte detalhada e um universo cheio de curiosidades.

O MASSA! destaca cinco fatos curiosos sobre esse mundo que talvez você ainda não saiba. Veja:

1. As artistas são chamadas de cegonhas

No universo reborn, as artistas que produzem as bonecas são carinhosamente apelidadas de cegonhas, como aquelas que trazem os bebês nos desenhos animados.

A linguagem é afetiva e cheia de simbolismo: "É um modo carinhoso que encontraram de chamar quem confecciona os bebezinhos", diz Rosana Mascarenhas, artista reborn de Salvador que trabalha na área há 13 anos.

Rosana Mascarenhas é uma artista reborn de Salvador
Rosana Mascarenhas é uma artista reborn de Salvador | Foto: Uendel Galter / Ag. A TARDE

2. Antes das artistas, vêm as escultoras

O nascimento de um bebê reborn começa bem antes da pintura. Tudo se inicia com o trabalho das escultoras, que criam os moldes de cabeça, braços e pernas com base em proporções realistas.

Esses moldes, chamados de kits, são vendidos para artistas como Rosana, que então “dão vida” ao bebê com pintura, enraizamento de cabelo e montagem final com roupinhas, por exemplo.

À esquerda, um bebê com o processo de pintura já iniciado. Os dois na sequência ainda estão na forma original.
À esquerda, um bebê com o processo de pintura já iniciado. Os dois na sequência ainda estão na forma original. | Foto: Uendel Galter / Ag. A TARDE

3. Artistas prezam pela riqueza dos detalhes

A confecção de um bebê reborn realista exige tempo, técnica e muita paciência. Rosana explica que cada boneca pode levar até 20 dias para ficar pronta. "

O processo é demorado porque cada camada precisa secar naturalmente antes da próxima", diz ela. O resultado são bonecas que parecem de verdade, com pele cheia de nuances, veias aparentes e até marcas de nascença.

Tudo no bebê reborn é pensado para que ele se pareça o máximo possível com um neném de verdade. "Eles têm peso de um bebê real, têm cheirinho de neném, e eu faço até o redemoinho do cabelo, as unhas em fase de crescimento", contou.

As unhas impressionam
As unhas impressionam | Foto: Uendel Galter / Ag. A TARDE

4. Pode custar MUITO dinheiro!

Os valores dos reborns variam de acordo com o nível de realismo, tamanho, tipo de cabelo, corpo (vinil inteiro ou tecido) e outros detalhes, como a raridade da escultura, por exemplo.

O material, normalmente importado, custa caro, além da mão de obra da artista, que faz um trabalho minucioso. Todo esse contexto eleve (e muito!) o valor cobrado.

Tem bonecos que têm até coração batendo e o movimento de "sobre e desce" da barriguinha com a respiração. Com tanto realismo, essas bonecas podem chegar a custar R$ 9 mil, por exemplo.

A pele avermelhada do recém-nascido é um processo minucioso de pintura
A pele avermelhada do recém-nascido é um processo minucioso de pintura | Foto: Uendel Galter / Ag. A TARDE

5. Não tem nada patológico no interesse pelas bonecas

Nas redes sociais, é comum ver adultos que tratam os reborns como filhos, com direito a passeios de carrinho, mamadeiras e até roupinhas combinando. Para a artista, isso não é motivo de espanto: "Não julgo. Cada um vive da forma que se sente bem, e é apenas um brinquedo. As pessoas colecionam, brincam, qual o problema?".

Rosana e uma de suas bonecas
Rosana e uma de suas bonecas | Foto: Uendel Galter / Ag. A TARDE

A psicóloga Niliane Brito, que atua com mulheres, também reforça que, inicialmente, não há nenhum problema com a brincadeira.

Niliane Brito é psicóloga clínica e atua com mulheres
Niliane Brito é psicóloga clínica e atua com mulheres | Foto: Uendel Galter / Ag. A TARDE

"Existe uma linha tênue entre o simbólico e o real, e enquanto ela não for ultrapassada, não há nenhum problema em gostar de brincar de bonecas", diz. "O alerta fica apenas para quando isso deixa de ser fantasia e a mulher passa a tratar a brincadeira como realidade", explica.

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