
A segunda etapa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) acontece neste domingo (16), com as provas de Matemática e Ciências da Natureza e junto com a ansiedade natural dos candidatos, surge uma dúvida comum: o que fazer quando o tempo começa a apertar? Arriscar um “chute” ou tentar manter a calma e revisar o que já foi feito?
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Para o professor Victor Benevides, o segredo está em ter uma estratégia desde o início da prova. Segundo ele, o Enem utiliza uma metodologia que valoriza a coerência pedagógica, ou seja, não basta acertar as questões mais difíceis se o estudante errar as fáceis.
“Se ele acertar questões difíceis e errar questões fáceis terá uma menor pontuação. O correto é, desde o início da prova, adotar uma estratégia em que ele resolva primeiramente todas as questões fáceis, depois as medianas e deixar por último as questões difíceis.
Se faltar tempo, chutar as restantes pode ser uma opção.
Victor Benevides

E se o “chute” for inevitável, Benevides também tem uma tática: “Se precisar chutar, eu escolheria uma única alternativa, de preferência a que eu tenha marcado menos, para chutar todas as questões”, explica o professor, destacando que a coerência nas respostas pode fazer diferença na pontuação final.
Para evitar o desespero nos minutos finais, o professor reforça a importância da prática. “Treinar fazendo provas anteriores é uma excelente dica para o aluno se adaptar ao ritmo da prova do Enem”, recomenda. Assim, além de conhecer o estilo das questões, o estudante aprende a gerenciar melhor o tempo, um fator decisivo para garantir um bom desempenho no exame.
Estratégias e dicas dos candidatos
Quem encarou o primeiro dia de Enem no último domingo (9), em Salvador, também compartilhou o que faz para driblar o nervosismo e manter o foco durante a prova.
Laís, de 19 anos: "A primeira coisa que eu faço é respirar fundo cinco vezes. Eu sou cristã, então costumo fazer uma oração pedindo pra Deus me acalmar. O nervosismo só atrapalha, então tento me concentrar e pensar positivo pra fazer uma boa prova".

Sofia, de 18 anos: "Eu respiro bem fundo. Quando não sei a questão, tento eliminar as alternativas mais ‘viajadas’. Assim, a chance de acertar aumenta".

Joaquim Gonzaga, de 16 anos: "Eu gosto de começar pelas questões objetivas e evito chutar aleatoriamente pra não perder pontos importantes".

Comportamento na sala de aula
Outros elementos externos também podem influenciar na tranquilidade o candidato para realizar a prova. O comportamento em sala de aula, como fazer parte da “galera do fundão”, interfere no desempenho, por exemplo?
Para Benevides, o que realmente importa é o comprometimento individual. “Para mim, não importa qual o tipo de perfil que o aluno tem em sala de aula para refletir na prova. O que importa é o compromisso dele com seus objetivos pessoais”, afirma.
