A Bahia continua enfrentando desafios significativos em relação à remuneração dos trabalhadores. Segundo o Cadastro Central de Empresas (Cempre) 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (20), o salário médio mensal pago aos trabalhadores assalariados do setor empresarial na Bahia era de R$ 2.839,60 em 2022, valor bem abaixo da média nacional, que era de R$ 3.542,19. Este dado posiciona a Bahia como o estado que paga o 6º menor salário do país.
Em 2022, a Bahia contava com 469.986 unidades locais de empresas formais, representando um aumento de aproximadamente 75% em relação a 2021, quando havia 268.684 unidades. Essas empresas empregavam 2.978.368 pessoas, das quais 549.064 eram proprietárias ou sócias, e 2.429.304 eram empregadas assalariadas. Em todos esses indicadores, a Bahia apresentava o 7º maior contingente do Brasil e o maior das regiões Norte e Nordeste.
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O estado respondia por 4,4% das 10.607.102 unidades locais de empresas formais do Brasil. São Paulo liderava com 3.539.337, seguido por Minas Gerais (1.002.497) e Paraná (796.413). Em relação ao pessoal ocupado, a Bahia tinha 4,7% do total nacional, também liderado por São Paulo (18.391.352), seguido por Minas Gerais (6.432.111) e Rio de Janeiro (5.053.987).
O crescimento no número de empresas na Bahia não se traduziu em salários mais elevados. A explicação para isso está, entre outros fatores, no excesso de demanda por emprego e na baixa qualificação da mão de obra. Esse cenário evidencia a necessidade de políticas públicas que incentivem a qualificação profissional e a valorização do trabalhador.