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Iniciativa top! - 14/12/2024, 15:01 - Da Redação

Bahia lança plano de ação contra doenças causadas por mosquitos

Estratégias de saúde são reforçadas contra a dengue, chikungunya e zika

No dia nacional de mobilização contra o Aedes Aegypti, autoridades defendem atuação integrada de União, estados e municípios
No dia nacional de mobilização contra o Aedes Aegypti, autoridades defendem atuação integrada de União, estados e municípios |  Foto: Divulgação | Sesab

No dia nacional de mobilização contra o Aedes Aegypti, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e o Ministério da Saúde apresentaram o plano de ação 2024/2025 para reduzir casos prováveis e óbitos por dengue, chikungunya, zika e febre do oropouche.

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Um dos pilares do plano é preparar a rede de atenção à saúde com a máxima antecedência. Com esse objetivo, autoridades de saúde, gestores e especialistas discutiram as estratégias para enfrentar essas doenças e reorganizar os serviços assistenciais durante o “Seminário de Combate às Arboviroses: Desafios e Ações para Reduzir a Mortalidade”, realizado neste sábado (14), em Salvador.

O secretário adjunto da Vigilância do Ministério da Saúde, Rivaldo Venâncio, lembrou que o enfrentamento das arboviroses não é uma tarefa exclusiva da área da saúde e destacou a necessidade de ações intersetoriais e do engajamento de toda a sociedade.

Já a diretora de Gestão de Serviços de Saúde, Zaine Lima, destacou a necessidade de uma rede assistencial robusta e bem estruturada. “Ter uma rede preparada significa salvar vidas. Isso envolve desde a reorganização das Unidades Básicas de Saúde até a ampliação das emergências hospitalares e a qualificação das equipes de saúde. Nossa resposta deve ser rápida e integrada para evitar complicações graves”, afirmou a diretora.

Eixos

O plano de ação 2024/2025 para o combate às arboviroses na Bahia é guiado por seis eixos estratégicos. O primeiro é a prevenção, que prevê o fortalecimento de campanhas educativas e a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti.

O segundo eixo, vigilância, foca no monitoramento contínuo dos casos e na aplicação de novas tecnologias para o mapeamento de focos. Já o controle vetorial reforça as ações de campo e o uso de soluções inovadoras para conter a proliferação do mosquito.

Outro ponto central do plano é a reorganização da rede assistencial, que visa à expansão das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e à modernização dos hospitais. A preparação e resposta a emergências prevê uma mobilização rápida durante surtos e a ampliação da infraestrutura hospitalar.

Por fim, o eixo de comunicação busca engajar a população na prevenção e disseminação de informações corretas para minimizar os riscos das doenças transmitidas pelo vetor.

Dados atualizados mostram 232.623 casos prováveis de dengue em 2024 na Bahia, um aumento de 395% em relação ao ano anterior. O estado também registrou 16.491 casos de chikungunya e 1.166 de zika, além de 1.077 casos de febre do oropouche.

A diretora de Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, ressaltou que, embora os números exijam atenção, a resposta coordenada já trouxe resultados. “Conseguimos estabilizar algumas regiões com ações rápidas e integração de equipes. Mas precisamos avançar ainda mais no fortalecimento da rede assistencial e na atuação preventiva”, explicou.

Hidratação

O médico infectologista Antônio Bandeira, representante da Sociedade Brasileira de Infectologia e servidor da Sesab, reforçou a necessidade de reduzir a mortalidade causada pelas arboviroses, destacando a importância da preparação antecipada e do atendimento imediato.

“A medida mais importante para evitar complicações graves de dengue é a hidratação vigorosa já nos primeiros atendimentos. Com uma triagem eficiente e identificação precoce dos sinais de alarme, podemos salvar vidas e evitar internações em estado crítico”, alertou.

Mobilização nacional

O secretário adjunto da Secretaria de Vigilância do Ministério da Saúde, Rivaldo Venâncio, reforçou o compromisso do governo federal em apoiar os estados. “Nosso papel é fornecer recursos e apoio técnico para que estados e municípios possam agir de forma integrada. O desafio é grande, mas o esforço precisa ser ainda maior”, destacou.

Com o lançamento do plano de ação 2024/2025, o subsecretário Paulo Barbosa concluiu com um apelo à sociedade: “Não podemos esperar que o próximo surto nos surpreenda. Precisamos agir agora, com integração, estratégia e a colaboração de todos. O combate às arboviroses depende de cada um de nós”, ressaltou.

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