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Pesquisa - 31/10/2025, 22:50 - Da Redação

AtlasIntel: povo apoia megaoperação no Rio de Janeiro

Ação policial nas favelas cariocas deixou mais de 120 mortos

Corpos aparecem em praça da Penha após confronto violento
Corpos aparecem em praça da Penha após confronto violento |  Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Exatos 55,2% dos brasileiros aprovam a megaoperação realizada pelas policias fluminenses, na terça-feira (28), nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. Essa informação foi confirmada através da pesquisa da AtlasIntel, divulgada nesta sexta-feira (31).

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O levantamento do instituto ouviu 1.089 pessoas, na quarta-feira (29) e na quinta-feira (30). Apesar da maioria ter sido favorável, 42,3% disseram ser contrários à ação. Apenas 2,5% dos brasileiros entrevistados disseram não saber.

A pesquisa foi feita por meio de recrutamento digital e garante 95% de confiança e uma margem de erro de 3% para mais ou para menos. Questionados, 92% afirmaram estar 'por dentro' da megaoperação comandada pelo governador Cláudio Castro (PL) em combate ao Comando Vermelho (CV). Já 8% ouviram 'por cima'.

Governador Cláudio Castro (PL)
Governador Cláudio Castro (PL) | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Serviu de alguma coisa?

Considerando as mais de 120 mortes registradas durante a megaoperação, os brasileiros foram questionados se a ação representou “a melhor forma de combater o crime organizado” ou “uma iniciativa com fins políticos”. Para 42% dos entrevistados, a operação no Rio de Janeiro teve como principal objetivo o ganho político, enquanto 39,3% acreditam que foi a maneira mais eficaz de enfrentar a criminalidade. Outros 17,6% afirmaram que a ação refletiu ambos os propósitos, e 1,1% não souberam responder.

Em relação à morte de civis, tirando os quatro policiais mortos, o levantamento também perguntou como os participantes classificariam os mortos na operação. A maioria, 51,2%, afirmou que eles devem ser descritos como “criminosos”. Já 36,9% consideraram que eram “ao mesmo tempo, vítimas e criminosos”, enquanto 8,4% os definiram apenas como “vítimas”. Outros 3,4% não souberam opinar.

Ao todo, 121 pessoas foram mortas na operação
Ao todo, 121 pessoas foram mortas na operação | Foto: Reprodução/AFP

Desentendimento político

Os entrevistados também avaliaram os impactos políticos da operação. Questionados sobre a possível falta de articulação entre os governos estadual e federal, 88% responderam que houve falhas na coordenação. Dentre eles, 46% atribuíram a falta de articulação ao governo do estado e 42% ao governo federal. Apenas 6,4% afirmaram que não houve desentendimento, e 5,5% disseram não saber.

Já quanto a avaliação dos líderes públicos na área da segurança, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve o pior desempenho, com 50% de desaprovação (considerado “ruim” ou “péssimo”), contra 35% dos governadores e 24% dos prefeitos. Lula foi aprovado por 31% dos entrevistados (avaliação “boa” ou “ótima”), enquanto 19% consideraram sua atuação “regular”.

Entre os governadores, 28% dos brasileiros classificaram a gestão da segurança pública como “boa” ou “ótima”, e 36% como “regular”. Já no nível municipal, 23% aprovaram a atuação dos prefeitos, e 51% avaliaram como “regular”.

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