As 14 famílias que ficaram desalojadas após o desabamento da garagem do edifício onde moram, no Politeama, em Salvador, podem voltar para suas casas seis meses depois do acidente, ocorrido em abril deste ano.
O síndico do prédio, Fábio Souto, informou que a liberação do retorno ocorreu na última quinta-feira (3), mas ressaltou que nem todas as famílias optaram por voltar de imediato. “Cerca de quatro famílias já retornaram. Algumas outras estão se organizando (...). Porque a gente retomou a água e o esgoto tem quase uma semana, então as pessoas não tiveram tempo para lavar as casas”, conta Fábio. O síndico acredita que até final dessa semana os proprietários devam retornar às residências.
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Ainda segundo o síndico, os laudos dos engenheiros das empresas Concreta e Sucope garantem que não há mais risco estrutural no prédio, mas reforços ainda serão feitos na fundação. “Ainda vão reforçar tudo por baixo, fazer vários reforços entre os tubulões e puxar vigas de um lado para o outro”, detalha. As empresas deram prazo de 10 meses para a conclusão da obra: “Lá para março ou abril tudo deve estar 100% concluído”.
O desabamento
Na madrugada de 8 de abril, um deslizamento de terra, na fundação do edifício, provocou a queda de uma estrutura do prédio, atingindo quatro veículos e deixando duas pessoas feridas. Parte da estrutura caiu por cima de um prédio administrativo da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador). O prédio de três andares abriga 14 famílias, incluindo crianças e idosos.
Em junho, a prefeitura de Salvador fechou contrato com uma empresa de engenharia para recuperação estrutural do imóvel. De acordo com o documento divulgado pela gestão municipal, à época, além da recuperação estrutural, também serão realizados serviços para a estabilização do talude.
As intervenções estão sob a responsabilidade da Superintendência de Obras Públicas de Salvador (Sucop), que é vinculada à Secretaria de Infraestrutura (Seinfra).
*Sob a supervisão da editora Isabel Villela