Quinze pessoas ainda estão desaparecidas depois do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, localizada entre os estados do Maranhão e Tocantins, no domingo (22). Até o momento, apenas uma morte foi confirmada pela Defesa Civil, a da jovem Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos.
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De acordo com as autoridades, oito veículos despencaram da ponte, sendo eles: quatro caminhões, dois carros e duas motocicletas. Entre os automóveis havia um caminhão que transportava ácido sulfúrico.
Com a queda, o produto químico se espalhou na água do rio Tocantins e dificultou o trabalho das equipes de resgate às vítimas, pois os mergulhadores não podem se expor ao material tóxico. As buscas pelos desaparecidos estão sendo realizadas apenas com botes.
De acordo com o coronel Magnum Coelho, do Corpo de Bombeiros Militares do Maranhão, amostras de água do rio foram coletadas e vão passar por análises químicas. Os testes vão identificar se o ácido sulfúrico ainda está presente na área ou se já se dissipou.
"Precisamos saber a qualidade da água para que nós possamos colocar as nossas equipes de mergulhadores, que já estão aqui. Nós temos mergulhadores, temos equipamentos, embarcações e todo o efetivo está pronto para realizar as buscas e identificar qual vai ser a localização dos veículos e das vítimas que se encontram dentro dos veículos”, disse o coronel em entrevista ao G1.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, esteve na cidade de Estreito na manhã desta segunda-feira (23) e decretou estado de emergência na região. Ele disse que vai destinar mais de R$ 100 milhões para garantir a reconstrução imediata da ponte.
Ainda não se sabe o que ocasionou o desabamento da parte central da ponte, mas a população já denunciava as más condições da construção há bastante tempo. Uma sindicância foi aberta para avaliar as causas e responsabilidades pela tragédia.