
Um casal de ambulantes passou por momentos de terror, na tarde desta sexta-feira (14), no Terminal São Joaquim do ferry boat, em Salvador. Jonatan de Jesus Santiago e Vânia Xavier de Jesus Santiago afirmam que foram coagidos e o rapaz até agredido por um homem que faz a segurança no local e diz ser policial. Em nota, a Internacional Travessias afirma que vai apurar o ocorrido.
Leia Também:
Em contato com o Portal Massa!, o rapaz explicou que as agressões ocorreram no momento em que o casal estava trabalhando. “Eu desci do ferry boat, estava trabalhando com a minha esposa, coloquei minha caixa próxima ao embarque e desembarque de veículos e ele simplesmente foi lá e disse que eu não ia vender mais. Ele me deu uma tapa no peito, puxou um punhal que estava na cintura e deu duas no meu pescoço, aonde ficou as marcas”, disse.

Ainda de acordo com o ambulante, o caso foi parar na delegacia após o segurança ter chamado uma viatura para retirar ele e a esposa do local.
O cara queria que entrasse na viatura, queria me colocar na mala
Jonatan Santiago
“Ele chamou uma viatura e o cara queria que entrasse na viatura, queria me colocar na mala, mas eu liguei pra central, que mandou eu aguardar uma outra viatura e o tratamento foi ótimo”, explicou.
Além de ter apanhado, Jonatan afirmou que foi ameaçado pelo homem que se diz policial, enquanto aguardava a chegada da viatura.
Perseguição antiga
Apesar de as agressões terem sido cometidas nesta sexta, Jonatan revelou que a perseguição é um caso antigo e citou um funcionário que seria o gerente do setor como o mandante de toda situação.
“Infelizmente, um gestor chamando Emerson, que é responsável pelo sistema de tráfego, começou uma perseguição consistente contra os trabalhadores do sistema ferry boat. Teve uma época que ele colocou 26 pessoas para fora, no total de 58 associados”, iniciou.
“A gente vem nessa luta pelo espaço de trabalho que é nosso para puder trabalhar, mas infelizmente existe uma perseguição pessoal contra nós. Eu sou uma dessas pessoas que começou a perseguição pessoal porque eu assumi essa briga”, completou.
Depois de, tanto Jonatan, quanto outros trabalhadores do local baterem de frente com o gerente Emerson, ele teria tomado a decisão de colocar uma pessoa para vigiar a área.
“O gestor, por muita raiva, começou a perseguir a gente a ponto de colocar pessoas para fazer a segurança. Foi aí que ele contratou um homem, que se diz policial”, lamentou o trabalhador.
Apuração do caso
Procurada pelo Massa!, a Internacional Travessias informou que está apurando o ocorrido junto aos órgãos competentes e adotando as medidas cabíveis.