
Uma das fundadoras dos Palhaços do Rio Vermelho, a servidora pública Lúcia Menezes afirmou que a iniciativa estimula o resgate dos carnavais antigos. O bloco celebra 15 anos de história com um desfile especial neste sábado (15), no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. A saída das fanfarras será a partir das 19h, na quadra da Paciência com destino a rua Fonte do Boi.
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Ao Portal A TARDE, Lúcia contou que o bloco surgiu de uma brincadeira. “A gente viu que as fantasias estavam acabando e começando a monocultura do abadá e bloco de corda. E aí nós fomos para casa, juntamos um grupo de amigos irreverentes, nos fantasiamos e saímos na rua de palhaço. Isso foi em 1986, nós ficamos assim até 1990. Aí depois, em 2010, voltamos no bloco de Margareth [Menezes], que já estava estimulando a fantasia. Estamos nesses 15 anos de resistência e luta”, ressaltou.
A fundadora disse que não imaginava que os Palhaços do Rio Vermelho tomariam tamanha proporção. “Para mim, cada ano é uma surpresa, porque a gente vê muita gente, as pessoas interagindo. A gente também está trazendo cultura. É alegria, brincadeira, mas cultura também”, pontuou Lúcia, a qual afirmou que o ponto de virada foi em 2010: “A gente começou aqui brincando com 300 pessoas e a partir daí foi crescendo, chegando a mil, dois mil, cinco mil e oito mil pessoas”.
A gente está estimulando a fantasia e um resgate mesmo dos antigos carnavais. E é uma forma que a gente tem de deixar esse legado
Lúcia Menezes - fundadora dos Palhaços do Rio Vermelho
A desfile provocou um movimento que já teve grandes personalidades representando seus reis e rainhas, como Carla Visi, Gerônimo, Lazzo, Sylvia Patrícia e Magary Lord, Márcia Castro e Armandinho Macedo, Márcia Short e André Simões, Rosa Vilas Boas, Jau, Margareth Menezes e Nikima.