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História de família - 20/02/2025, 14:48 - Bruno Dias e Larissa Falcão

De pais para filha: Lavagem de Itapuã é tradição de família na Bahia

A festa é símbolo de tradição familiar, principalmente para quem é nascido e criado no bairro

Alexandra Amorim é nascida e criada em Itapuã
Alexandra Amorim é nascida e criada em Itapuã |  Foto: Denisse Salazar/Ag. A Tarde

Dando continuidade às festas populares que antecedem o Carnaval em Salvador, nesta quinta-feira (20) aconteceu a tradicional Lavagem de Itapuã. Reunindo baianos, populares e até turistas, a festa é símbolo de tradição familiar, principalmente para quem é nascido e criado no bairro.

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De Itapuã "desde que se entende por gente", a baiana Alexandra Amorim é um desses exemplos. Filha do finado 'Seu Sabará', pescador do bairro, e de Dona América, baiana de acarajé da região, se tem uma coisa que Alexandra tem para contar, é história com o bairro.

Hoje professora da Universidade Federal de Feira de Santana (UFS), e oficial da Aeronáutica, Alexandra não nega suas raízes. "Nasci, cresci e comecei, como a gente diz: "virar gente", conhecer realmente a nossa história, conhecer a nossa cultura, vendendo acarajé na praia com minha mãe. Batendo a massa, sabendo qual o ponto da massa, pra desse ponto da massa você colocar no azeite quente, pra poder fritar o acarajé", contou ao Massa!.

Imagem ilustrativa da imagem De pais para filha: Lavagem de Itapuã é tradição de família na Bahia
Foto: Denisse Salazar/Ag. A Tarde

A baiana, que se autointitula como 'Itapuãzeira', encara a Lavagem como uma tradição de família, carregando grandes memórias com o pai. Para ela, a Lavagem de Itapuã é a "melhor lavagem do mundo".

"Desde quando eu nasci, meu pai me trazia no pescoço, a gente acompanhava sempre toda a Lavagem de Itapuã. Lá com 8, 9 anos a gente vinha junto com os pescadores de Itapuã fazer uma canoa, fazer a rede, aí essa tradição parou um pouquinho. Mas aí logo depois, com 15 anos, minha mãe deixou eu sair num bloco pela primeira vez, e aí agora eu venho no Bloco das Santinhas, caracterizado do que eu sou: Itapuãzeira, filha de baiana de acarajé, filha de pescador. Essa lavagem aqui, pra mim é a melhor lavagem do mundo", explicou a oficial.

Assim como para muitos populares do bairro, para Alexandra, a festa é um momento de curtir e relaxar, sem sair de onde vive. "É um momento de sossego, é um momento de paz, é um momento de alegria, é um momento que a gente consegue reencontrar vários amigos das antigas e vários amigos novos", concluiu.

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