A Prefeitura de Salvador iniciou a entrega dos kits para os ambulantes credenciados que atuarão no Carnaval. A distribuição acontece na Rua Baependi, nº 151, no Circuito Dodô (Barra/Ondina), como parte das medidas de organização do comércio informal durante a festa. Ao todo, 3.500 ambulantes foram cadastrados para trabalhar nos circuitos da folia.
De acordo com Alysson Carvalho, diretor da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), a iniciativa visa garantir a segurança e o ordenamento do espaço público. “São 2.500 ambulantes no circuito Barra/Ondina, onde há um trecho maior para alocação organizada, permitindo a circulação segura dos foliões e equipes de segurança e saúde. Durante todos os dias da festa, nossa fiscalização atuará em 10 postos de observação espalhados pelos circuitos para assegurar que os licenciados tenham seus espaços preservados”, explicou.
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Os kits distribuídos incluem um isopor grande, dois pequenos, coletes de identificação, bonés, precificadores e uma barreira de proteção. Além disso, a Prefeitura forneceu um kit de higiene, entregue em janeiro, para auxiliar na limpeza pessoal dos trabalhadores durante o evento. Também foram disponibilizados banheiros coletivos masculinos e femininos.
Entre os ambulantes, a expectativa para as vendas é alta. Débora Silva Santos, que há dez anos trabalha no Carnaval, afirmou estar otimista. “Ano passado achei fraco, mas esse ano estou com expectativa muito alta. Quero ‘quebrar tudo’ nas vendas. O kit da Prefeitura vai ajudar bastante, tem sombreiro para proteger do sol e tudo está bem mais organizado”, disse.
Por outro lado, Camila Almeida Sales, ambulante há 11 anos, criticou a estrutura oferecida. “A Prefeitura não proporciona conforto nem segurança para nós. Não temos um local adequado para descansar ou tomar banho. O jeito é pedir ajuda aos moradores da região”, relatou. Apesar das dificuldades, ela se mostrou esperançosa quanto às vendas. “A concorrência é grande, mas a vitória é certa”, completou.
Outra ambulante, Ana Paula Souza Santos, de 44 anos, também expressou insatisfação com a estrutura. “A nossa luta é por conforto. A Prefeitura não oferece condições adequadas para trabalharmos durante todos os dias da festa. Para tomar banho, precisamos recorrer aos moradores da região”, destacou. Ana Paula também revelou que, por falta de confiança na estrutura oferecida, opta por pagar alguém para cuidar do filho em casa, em vez de utilizá-la.
A distribuição dos kits continua nos próximos dias, contemplando os ambulantes que atuarão nos circuitos do Campo Grande nos dias 23 e 24, e no Batatinha nos dias 25 e 26. O objetivo é garantir que todos estejam preparados para mais um Carnaval.
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