A Bienal do Livro Bahia chegou ao fim nesta quarta-feira (1°) e se consagrou como o momento ideal para os apaixonados por leitura aumentarem suas coleções. Porém, se engana quem pensa que o evento só tinha livros para oferecer. Com estandes que vendiam de camisa até canecas, a Bienal se mostrou uma boa oportunidade para quem queria fazer qualquer tipo de negócio.
"A gente viaja com um livro, mas é algo individual. A partir do momento que você tira a literatura do livro e coloca em objetos do dia a dia, a literatura ganha o mundo", explicou Alex Moraes, proprietário da Tertúlia Produtos Literários.
Com um catálogo que se estende entre bolsas, camisas e canecas, a Tertúlia vende itens inspirados em obras da literatura. "A família entra aqui e a vovó não usa camiseta, mas usa avental. A mãe não quer um avental, mas quer uma bolsa. Até roupa para bebê tem", acrescentou Alex. Ele também ressaltou que as vendas nesta edição estão sendo muito boas. "A procura sempre foi grande. No primeiro dia, por exemplo, as pessoas vieram a Bienal para nos conhecer", observou.
Os amantes de obras japonesas também tiveram seu espaço garantido no evento. Os itens de anime ganharam o gosto do público durante esses seis dias de Bienal. "Hoje, uma feira do livro abrange essa cultura. O pessoal que gosta dessas coisas, gostam dos nossos produtos também", comentou Jorge Luis, proprietário da Crazy Animes.
Marcando presença na Bienal com a Crazy Animes pela segunda vez, Jorge acredita que essa iniciativa é uma forma de enriquecer o evento. "O evento acaba ficando mais atrativo. Apesar de aqui ter livros maravilhosos, você termina vendo outras coisas também que não sejam livros", explicou.
Apesar dos animes serem conhecidos por fazerem sucesso entre os jovens, o empreendedor garante que cada vez mais isso está mudando. "Quando a gente começou, vinha só o nicho que gostava mesmo, algo quase underground. Mas hoje é todo público, desde criança até jovens adultos", garantiu.