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fica de olho - 11/12/2024, 06:00 - Clara Oliveira

Verão: calor pode aumentar risco de infarto; saiba como prevenir

Cardiologista dá dicas para que ataque do coração seja evitado e como identificar sinais

O calor intenso pode causar desidratação
O calor intenso pode causar desidratação |  Foto: Reprodução/Internet

Solzão, praia, transpiração e atividades físicas. Todas essas caracterizações estão próximas de se tornarem cada vez mais frequentes com a chegada do verão, que terá início no dia 21 de dezembro. A época é para se aproveitar e curtir cada segundo, mas também é necessário cuidado, principalmente no que diz respeito a casos de infarto.

A situação ocorre porque, durante a estação mais quente do ano, as pessoas podem estar mais suscetíveis a sofrerem casos de infarto, devido ao calor excessivo e episódios de desidratação pela transpiração. Em entrevista ao Portal Massa!, a cardiologista Marianna Andrade, coordenadora do Serviço de Cardiologia do Hospital Mater Dei, explicou sobre como o corpo reage às fortes ondas de calor.

Marianna Andrade, cardiologista
Marianna Andrade, cardiologista | Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

“No calor excessivo, que a gente acaba experimentando durante o verão, a gente corre o risco de sofrer episódios de desidratação pela transpiração excessiva, sem a reposição proporcional de ingestão de água e eletrólitos, especialmente em pessoas que fazem uso de medicações para controle da pressão arterial, como os diuréticos, que aumentam a desidratação, e vasodilatadores, que fazem com que a pressão também fique mais baixa”, iniciou a médica.

De acordo com Marianna Andrade, essas situações provocadas pelo calor excessivo, ligadas a pessoas mais vulneráveis, principalmente que usam medicamentos concomitantes, têm uma incidência aumentada de complicações cardiovasculares.

“Essas situações vão desde queda de pressão simples, que às vezes pode ser manejada somente com medidas em casa ou no ambiente que estejam, até situações mais graves e complexas, como um infarto ou AVC”, explicou a profissional.

Pessoas vulneráveis

A médica alertou sobre as pessoas mais propícias a sofrerem infarto durante o verão. Entre elas estão: idosos, crianças pequenas e indivíduos com condições diagnosticadas.

"Essas são as pessoas mais propícias a terem complicações relacionadas ao calor excessivo e à desidratação que ele provoca”, detalhou a médica.

Sinais de infarto

Apesar do infarto ser um tema debatido com constância, é necessário entender os sinais de alerta. A cardiologista alertou ao Massa! que é possível reconhecer o princípio de um infarto a partir de sintomas como dor no peito e desconforto.

“Os sinais mais frequentes no episódio de infarto são a dor no peito, desconforto, queimação ou pressão na região central do peito, que pode se irradiar para a região do pescoço, para o braço, para a região epigástrica e para o dorso. Geralmente, ela vem associada a um intenso mal-estar, com suor frio e ânsia de vômito”, elencou Marianna Andrade.

O infarto causa sintomas como dor no peito e desconforto
O infarto causa sintomas como dor no peito e desconforto | Foto: Reprodução/Redes sociais

A médica destacou ainda que as pessoas que sentem os sintomas de infarto durante o verão precisam urgentemente ir em busca de um serviço de emergência. “Todo paciente que tiver estes sintomas, instalado em repouso persistente, ele deve procurar imediatamente um serviço de emergência capacitado para fazer o reconhecimento e atendimento e tratar”, afirmou a profissional.

Já sabemos os riscos do infarto durante o verão. Mas afinal, para um cardiopata, o que é melhor? Os dias de calor ou os dias de frio? Conforme Marianna Andrade, ambas as condições climáticas, em seus casos extremos, são preocupantes.

"Nada nos extremos é interessante. O frio excessivo também pode ser ruim, ele pode causar o que a gente chama de vasoconstrição, que é o estreitamento dos vasos sanguíneos, que também podem aumentar o risco de complicações cardiovasculares, como infarto e AVC”, esclareceu a cardiologista.

Por fim, a médica explicou como lidar com as situações em casos extremos. "No verão devemos nos manter sempre muito bem hidratados; evitar fazer exercício físico ao ar livre, depois das nove da manhã. Se fizer, sempre interromper para fazer a hidratação e a qualquer sinal de mal-estar, interromper imediatamente o exercício físico. E no inverno também evitar exposição a frio intenso, mantendo o corpo bem agasalhado, e evitar variações grandes de temperatura de um ambiente para o outro”, finalizou Marianna Andrade.

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